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A nova etapa do Detecta, sistema de monitoramento criminal, entra em operação. A fase inicial de implantação da ferramenta foi finalizada e agora tem à disposição informações de câmeras e do sistema do 190 para gerar 10 mil alertas para situações suspeitas.
“O Estado de São Paulo tem a primeira polícia no Brasil que associa automaticamente os seus bancos de dados de forma inteligente e em tempo real”, afirma o secretário da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira. “São Paulo é o primeiro Estado a utilizar uma ferramenta de Big Data no combate ao crime.”
O sistema de tecnologia de ponta, desenvolvido pela Microsoft, ajuda no patrulhamento, investigação, planejamento de combate a crimes e identificação dos padrões de delitos.
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Esses alertas são os mesmos utilizados pela polícia de Nova York, que usa o sistema há sete anos. A ferramenta nunca havia sido utilizada fora da cidade norte-americana.
“Desde que foi anunciado o Detecta há quatro meses foi feito um trabalho intenso para adaptação do sistema, com tradução e conversão de unidades de medida, como distância – de milhas para quilômetros – e moeda – de dólar para real”, explica o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Regional, Júlio Semeghini.
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O Detecta já tem à disposição imagens de cerca de 112 câmeras da capital; o sistema do 190 (Polícia Militar) e do 193 (Bombeiros), ou seja, o SIOPM (Sistema de Informações Operacionais da PM); informações sobre veículos de interesse, aqueles que estão sendo acompanhados por uma investigação; e pessoas de interesse, aquelas que são acompanhadas por uma investigação.
O Governo do Estado está investindo R$ 9,7 milhões para que São Paulo tenha o sistema de monitoramento inteligente, além de R$ 7,3 milhões na aquisição de equipamentos. Quando o sistema estiver completo, São Paulo será a primeira unidade da federação a ter integrados os bancos de dados de suas polícias.
A apresentação desta etapa inicial do sistema nesta terça-feira (12) segue o cronograma previsto quando o Detecta foi anunciado em abril, com os primeiros resultados em funcionamento em quatro meses.
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“A Microsoft tem grande experiência em soluções para as áreas de defesa e segurança. São essas credenciais e o projeto implementado em Nova York que estamos colocando à disposição do Governo de São Paulo”, ressalta Mike McDuffie, vice-presidente de Serviços para Setor Público da Microsoft. “O Detecta está em linha com uma de nossas missões, que é atuar como facilitadora do acesso a tecnologias que ajudem a transformar a realidade em que vivemos.”
Casos
O Detecta já permite que um chamado para o telefone 190 crie automaticamente um alerta, que é apontado em um mapa com a exata localização informada. A partir disso, o sistema permite acessar com agilidade as câmeras disponíveis nas proximidades e registros de outros crimes que foram cometidos na região.
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Um acidente de trânsito na Marginal Tietê que for informado ao Copom (Centro de Operações da PM), por exemplo, cria um alarme automático para o local. Com isso, o policial pode visualizar no mapa que há uma câmera próxima, com imagens da ocorrência que podem ajudar para que ela seja resolvida.
Implantação
O decreto que será assinado nesta terça-feira (12) desburocratiza o acesso da Secretaria da Segurança Pública (SSP) aos sistemas de videomonitoramento de outras instituições e empresas públicas estaduais e também de empresas concessionárias. Também facilita a celebração de convênios com órgãos públicos municipais e federais, além da iniciativa privada. A SSP já dispõe de protocolos de intenções com diversas entidades privadas, como associações de empresas de segurança privada, com vistas a compartilhamento de imagem, o que agora fica mais fácil de ser concretizado.
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Além disso, a implantação do sistema continua com a inclusão de fontes de dados restantes. Até o fim do mês, o Detecta terá incorporado as 593 câmeras que a PM tem acesso em todo Estado - 418 próprias da PM e 173 da GCM da capital – e chegará a mais de 1 mil apenas na capital com a aquisição de novas câmeras. Serão integrados ainda os sistemas do RDO (Registro Digital de Ocorrência), com os boletins de ocorrência; sistema de fotos de criminosos (Fotocrim); pessoas procuradas; pessoas desaparecidas; os sistemas do Detran com leitores de placas e cadastro da Carteira Nacional de Habilitação (CNH); registro de veículos e o registro de veículos furtados e roubados.
A SSP pretende incluir também câmeras de outros órgãos e empresas públicas, concessionárias, além de câmeras de empresas privadas instaladas em locais públicos. As imagens e os radares da CET também poderão fazer parte do Detecta a partir de um convênio com a prefeitura.