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Um mês depois de ter seu carro roubado na porta de casa, no Jaguaré, na zona oeste de São Paulo, o químico Carlos Alberto da Costa Maio, de 58 anos, voltou nesta quarta-feira, 22, ao 93.º DP para dizer que não era preciso mais avisar se seu Chery Tigo fosse encontrado. "Já recebi o dinheiro do seguro. Não quero saber de mais nada", diz ele, que após ser assaltado, andou 1,5 quilômetro sem encontrar um policial. A delegacia, responsável pela área que inclui a Cidade Universitária e quatro grandes favelas, foi a que mais extrapolou a meta trimestral. Foram 365 casos só nos primeiros dois meses deste ano, contra 222 de janeiro a março do ano passado, um aumento de 64%.
Pequenos roubos perto da Ponte do Jaguaré e da Avenida Corifeu de Azevedo Marques engrossam a alta. A explicação, segundo a polícia, é que nesses pontos jovens assaltantes conseguem escapar para as favelas. Na Universidade de São Paulo (USP) ocorrem cerca de um terço das ocorrências registradas no DP. A Reitoria da USP, em nota, confirma que "a região do distrito do Butantã e entorno, o que inclui a Cidade Universitária, tem ocorrido diversos casos de roubo".
Morumbi
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A 4 km do Jaguaré, no Morumbi, na zona sul, a criminalidade não perdoa nem os bairros ao redor da sede do governo do Estado. No 34.º DP (Vila Sônia), a assistente administrativa Luciana Borba, de 33 anos, registrou nesta semana o segundo assalto em seis meses a sua casa. O mais recente, na terça-feira, acabou com a Ronda Ostensiva Tobias Aguiar (Rota) e dois helicópteros, o Águia da PM e um de um canal de TV, no encalço dos bandidos. Ninguém foi encontrado. "Quando cheguei no meio da minha casa, vi o vulto e pensei: ‘vou levar um tiro na cara’, lembra Luciana Segundo ela, um policial disse que "o roubo era pessoal". "Ele me disse: ‘é com você’. Levaram as mesmas coisas. Esperaram eu comprar tudo de novo para roubar tudo de novo", lamenta.
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