Corpo de bebê foi descoberto no domingo, após caminhão de lixo fazer uma curva no bairro Jardim Imperador, em Praia Grande / Reprodução/Praia Grande Mil Grau
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A mulher que dispensou o corpo de um bebê no lixo no domingo (1º), em Praia Grande, foi localizada pela Polícia Civil na terça-feira (3) e disse ter sofrido um aborto espontâneo no último dia 25. Após cair em contradições, enquanto era ouvida na casa onde mora, ela admitiu que ocultou o corpo no lixo e demonstrou arrependimento, segundo a polícia.
O Setor de Homicídios da Delegacia Especializada Antissequestro (Deas) de Santos aguardará o resultado do exame necroscópico para definir a tipificação da conduta da mulher, que foi liberada após ser ouvida na delegacia e deverá responder por ocultação de cadáver. Devido ao estado de putrefação, o Instituto Médico-Legal (IML) ainda não conseguiu constatar a causa da morte do bebê, que era do sexo feminino.
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Moradora de Praia Grande, a mulher é desempregada, tem 38 anos e quatro filhos. Ela diz que após o aborto, "ao ficar perdida com a cena", embalou o corpo em sacos plásticos e deixou em um balde na moradia até domingo, dia em que o bebê foi dispensado e descoberto dentro de um caminhão de lixo no bairro Jardim Imperador.
Para chegar até a mãe do bebê, a equipe do delegado Renato Mazagão Júnior, titular da Deas, e do investigador-chefe, Marcelo Canuto, realizou apurações na região do encontro do corpo e obteve informações sobre a desempregada, que era vista pelas pessoas grávida e, depois, aparentando já ter tido filho.
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Confissão
A desempregada confessou que ocultara o corpo de bebê no lixo enquanto era ouvida em sua casa pela investigadora Katherine Kramer. O delegado Mazagão Júnior e o investigador Canuto ressaltaram ao Diário do Litoral a sensibilidade que a policial teve para obter o depoimento que esclareceu o caso.
Ao Diário, Katherine afirmou que ao notar as contradições e observar gestos da mulher teve convicção de que ela era a mãe do bebê. "Eu disse: tira esse peso que você está carregando. Ela ficou emotiva, as lágrimas começaram a escorrer e aí ela desabou e começou a contar", afirmou a policial civil.
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Os quatro filhos da desempregada são de dois ex-companheiros dela. O pai do bebê que morreu chegou a ser procurado pela mulher durante a gestação, mas ele não manifestou interesse em assumir a criança. Como fonte da renda, a desempregada tem uma pensão da mãe.