Feminicídio
Na época, Erika relatou à polícia que Thiago Lima apontou a arma para ela durante uma discussão por ciúmes
Nas imagens, o policial aparece dando uma série de socos no rosto da mulher e em seguida atirando nela / Reprodução
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A mulher morta a tiros pelo marido, o soldado Thiago Cezar de Lima, já havia registrado um boletim de ocorrência contra ele por ameaça, no fim de outubro deste ano. Na denúncia, Erika Satelis Ferreira acusou o policial militar de apontar a arma para a cabeça dela.
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Em 30 de outubro, cerca de um mês antes de ser morta pelo companheiro, ela registrou boletim de ocorrência por ameaça no contexto de violência doméstica. À época, ela não quis fazer representação criminal contra o PM para que o caso fosse investigado nem pediu medida protetiva contra ele.
O registro policial foi feito na mesma delegacia que atualmente investiga o feminicídio dela: a 4ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), na Zona Norte da capital.
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De acordo com o documento, Erika relatou que Thiago havia discutido com ela por ciúmes após o casal sair de uma casa noturna. Chegando à casa deles, os dois continuaram a discutir. ela contou que Thiago ameaçou matá-la quando pegou a arma, apontou para sua cabeça e disse que ela não veria as filhas crescerem.
Em seguida, Erika chamou a Polícia Militar, que foi até a residência do casal e o levou até a Delegacia de Defesa da Mulher. Lá, Thiago confirmou a discussão, mas negou ter apontado a arma e ameaçado atirar na esposa.
Feminicídio
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Neste domingo (3), Thiago Cezar de Lima, de 36 anos, foi preso em flagrante pela Polícia Militar após agredir e matar a esposa, Erika Satelis Ferreira de Lima, de 33. A vítima foi atingida por cinco socos no rosto e dois dos três disparos feitos pelo assassino. o crime aconteceu depois de uma discussão entre eles em um carro, na zona norte de São Paulo.
Em um vídeo gravado por uma câmera de segurança de um imóvel na Rua Bananalzinho, em Perus, é possível ver quando Erika abre a porta da posição de motorista, dá a volta no veículo e abre a porta traseira. No banco de trás está Thiago. Ela tenta tirá-lo de lá, mas não consegue. Ambos saem do automóvel e começam a discutir do lado de fora.
Logo depois, o policial a paisana aparece dando uma série de socos no rosto da mulher. Em seguida ele dá tiros nela, que cambaleia e bate a cabeça no porta-malas, caindo no chão.
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Após os disparos, o soldado entra no carro e acelera o veículo, mas retorna e arrasta Erika para o banco do passageiro. Toda a ação foi acompanhda moradores da rua, que saíram de suas casas para saber o que aconteceu. As cenas, que circulam nas redes sociais, estão sob análise da Polícia Civil, que investiga o caso.
Thiago levou a vítima até o Pronto-Socorro de Taipas, onde a morte dela foi confirmada. Segundo o boletim de ocorrência do caso, ele confessou ter atirado na esposa após discussão e alegou que ela havia tentado pegar sua arma e por isso disparou contra ela.
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Erika deixa duas filhas de um relacionamento anterior.
A pistola Glock calibre .40 do policial militar foi apreendida para perícia. A Corregedoria da PM foi acionada para apurar a conduta do agente. Ele também responderá criminalmente na Polícia Civil.
O caso foi registrado no domingo (3) como feminicídio na 4ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) Norte. Thiago foi levado para o Presídio Romão Gomes, da PM, que fica na região. O soldado passará por audiência de custódia na tarde desta segunda-feira (4). A Justiça decidirá se ele continuará preso ou se responderá o crime em liberdade.
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