Polícia

Mulher de réu do caso Bernardo muda versão em depoimento

Em uma hora de depoimento, Luciane Saldanha afirmou que Evandro Wirganovicz saiu para pescar, dois dias antes do crime, em um rio próximo de onde a cova foi aberta

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 18/09/2014 às 17:37

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A mulher do réu Evandro Wirganovicz prestou um depoimento contraditório durante a manhã desta quinta-feira, 18, no Fórum de Frederico Westphalen, no norte do Rio Grande do Sul. Luciane Saldanha é casada com Wirganovicz, acusado de ter cavado o buraco para ocultar o cadáver do menino Bernardo Uglione Boldrini, de 11 anos. Ele é irmão de Edelvânia Wirganovicz, que confessou detalhes do crime à Polícia Civil gaúcha.

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Em uma hora de depoimento, Luciane Saldanha afirmou que Evandro Wirganovicz saiu para pescar, dois dias antes do crime, em um rio próximo de onde a cova foi aberta. Esta versão não tinha sido alegada à polícia. Além disso, Luciane havia relatado à investigação que estava desconfiada do marido estar pescando durante a noite. Porém, hoje à Justiça, a versão foi novamente rechaçada.

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Luciane Saldanha também disse ter sido pressionada por policiais a mentir para amenizar a pena do marido. "Eles (os policiais) diziam para eu confessar que ele fez o buraco. Eles diziam que se eu não confessasse que ele fez o buraco ele ia pegar mais tempo de cadeia", disse. Durante depoimento, ela ainda sustentou que acredita na inocência do marido e garantiu que o vínculo com a cunhada Eldevânia Wirganovicz terminou depois da divulgação do crime.

A audiência foi presidia pelo juiz Jairo Cardoso Soares e terminou por volta das 12h30 desta quinta-feira,. Ao todo, foram ouvidas oito testemunhas do processo. Estiveram presentes os irmãos Edelvânia e Evandro Wirganovicz, que respondem como réus ao processo junto do pai do garoto, Leandro Boldrini, e da madrasta, Graciele Ugulini.

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Em abril deste ano, Bernardo foi encontrado morto em Frederico Westphalen, a 80 quilômetros da residência da família, que fica em Três Passos. O garoto tinha 11 anos. Foram acusados de planejamento, execução e participação no crime o pai do menino Leandro Boldrini, a madrasta Graciele Ugulini e os irmãos Edelvânia e Evandro Wirganovicz. Os quatro estão presos preventivamente até serem julgados.

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