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O estado de saúde do morador de rua incendiado na madrugada deste domingo (26) é gravíssimo, informou a Secretaria Estadual de Saúde. O homem de 43 anos respira com a ajuda de aparelhos e foi transferido ontem do Pronto-Socorro Vila Nova Cachoeirinha para o Hospital Geral Vila Penteado, que conta com leitos de UTI para queimados. Ele teve 90% do corpo atingido pelas chamas.
O caso ocorreu na Rua Simão Ragusa no bairro Pirituba, zona oeste paulistana, por volta das 2h30, mostra o boletim de ocorrência. A Polícia Militar foi chamada ao local, onde encontrou um aglomerado de pessoa ao redor da vítima. Antes de o homem ser socorrido pelo Serviço Móvel de Urgência (Samu), ele relatou aos policiais militares que pessoas desconhecidas haviam colocado fogo em seu corpo, enquanto dormia na calçada.
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A Pastoral do Povo da Rua acompanha o caso para identificar se esse é mais um crime de intolerância contra moradores de rua. "Queremos que haja um acompanhamento dessa investigação para ver se novamente é um crime de ódio”, declarou o padre Júlio Lancellotti à Agência Brasil. Ele conta que muitas vezes esses ataques não são esclarecidos, pois estão relacionados a um segmento desconsiderado pela sociedade.
Lancellotti aponta que a vivência na rua com essa população mostra que as agressões ocorrem semanalmente. “Mas, muitas vezes, quando eles fazem reclamação na delegacia, não se faz boletim de ocorrência, a não ser casos gravíssimos como esse”. Dados da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República apontam, por exemplo, que entre janeiro e junho de 2013 foram mortas 190 pessoas em situação de rua, em todo o país.
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Segundo o boletim de ocorrência do caso ocorrido em Pirituba, o local onde ocorreu o crime tem pouca iluminação e não foram identificadas câmeras de segurança que pudessem ajudar no esclarecimento dos fatos. O documento informa ainda que não foram encontrados familiares au amigos do ferido no local. A tentativa de homicídio, de acordo com a polícia, será investigada pelo 74º Distrito Policial.
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