Polícia

Ministério Público aguarda exame psiquiátrico de acusado do crime da mala

Promotor Octávio Borba diz que laudo será decisivo para definir futuro processual de Carlos Macchione. O homicídio ocorreu em outubro de 2013, em Santos

Gilmar Alves Jr.

Publicado em 25/05/2014 às 23:13

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Continua depois da publicidade

O processo que apura a morte da professora aposentada Cláudia Macchione de Sampaio está próximo de ter exames forenses que serão determinantes para definir se o filho da vítima, o tradutor Carlos Macchione de Sampaio, poderá ou não ser julgado pelo homicídio. As informações foram obtidas pelo DL junto ao promotor de Justiça Octávio Borba de Vasconcellos Filho.

O crime, que chocou a opinião pública, ocorreu em outubro de 2013, em um prédio no Boqueirão, em Santos. Após matar a mãe no apartamento, o tradutor colocou o corpo em uma mala e deixou-a em frente ao edifício, situado na Avenida Conselheiro Nébias, 849.

Segundo o promotor, uma carta precatória foi enviada para os exames serem realizados no Interior do Estado, onde Carlos segue preso na Penitenciária II de Tremembé.

Para traçar o perfil do tradutor e analisar a capacidade de discernimento de Carlos, os médicos vão realizar entrevistas psiquiátricas, analisar eletroencefalogramas, informações sobre os tratamentos psiquiátricos por quais o tradutor passou antes do crime e peças da denúncia oferecida à Justiça pelo promotor.

Para Borba, são grandes as possibilidades do laudo apontar a inimputabilidade de Carlos devido ao histórico de problemas psiquiátricos que ele tem. Se o laudo confirmá-la, a conclusão indicará que o tradutor foi incapaz de entender o fato ilícito.

Na hipótese da inimputabilidade ser indicada no laudo, o promotor informou que irá se manifestar à Justiça seguindo o entendimento médico. Nesses casos, a Justiça determina medidas de segurança de internação até que o acusado apresente condições de voltar à sociedade. “A medida de segurança pode até se perpetuar”, afirma Borba.

Já na hipótese do laudo informar que a doença mental de Carlos não teve correlação com o ato criminoso, o processo irá para Júri Popular.

Carlos foi denunciado por homicídio duplamente qualificado, pelo meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

Corpo foi encontrado por morador de rua em frente ao prédio onde o crime ocorreu, na Avenida Conselheiro Nébias (Foto: Diário do Litoral)

Flagrante

O tradutor foi preso em flagrante na madrugada do dia 26 de outubro de 2013. Por volta de 00h30, o corpo de Cláudia Macchione foi encontrado dentro da mala por um morador de rua. Ao se deparar com o cadáver, o morador de rua informou o fato ao porteiro do edifício Caiçara, que reconheceu a moradora. A idosa morreu em decorrência de várias lesões no crânio.

Quando policiais chegaram ao edifício, foram informados pelo porteiro que o filho de Cláudia foi visto dispensando a mala na frente do prédio, pouco antes da localização do corpo. Na sequência, os policiais subiram ao apartamento e detiveram o tradutor.

Imagens captadas pelas câmeras do prédio mostram o acusado levando a mala ao elevador, descendo até o térreo e dispensado-a em frente do edíficio. Na sequência, conforme as imagens, ele retorna para o apartamento.

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

Mais lidas

Conteúdos Recomendados

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software