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A Polícia Civil do Rio de Janeiro indiciou hoje (8) o médico Adão Orlando Crespo Gonçalves, neurocirurgião que faltou ao plantão na noite de Natal. O caso repercutiu depois que a menina Adrielly dos Santos Vieira, de 10 anos de idade, esperou por oito horas para ser atendida no Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, zona norte da cidade, após ter sido atingida na cabeça por uma bala perdida em uma favela no bairro de Piedade.
O delegado titular da 23ª Delegacia de Polícia, Luiz Archimedes, decidiu pelo indiciamento por omissão de socorro depois de ouvir o depoimento do médico que chefiava a emergência na ocasião. A Polícia Civil informou, por meio da assessoria de imprensa, que o chefe da emergência disse que era da mesma escala que Adão há dois anos, mas nunca tinha visto o neurocirurgião.
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Depois de concluído, o inquérito será enviado para o Ministério Público. A pena por omissão de socorro é de um a seis meses de prisão, mas pode ser triplicada em caso de morte.
No dia 27 de dezembro, a menina Adrielly foi transferida para o Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital Municipal Souza Aguiar. Ela teve morte cerebral diagnosticada no dia 31 e morreu na sexta-feira (4). O corpo foi enterrado no Cemitério de Inhaúma, no sábado (5).
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