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Após três meses de investigações com interceptações telefônicas, a Polícia Civil prendeu o médico cancerologista Frederico Chamone Barbosa da Silva, de 33 anos, por tráfico de drogas e associação ao tráfico em Santos. Outros três acusados também foram presos na ação, deflagrada pela polícia na noite de segunda-feira. São eles Fabian Lococo da Silva, de 40 anos, Josimar Macedo Freires, o Neguinho, de 27, e Letícia Rodrigues Amaral Silva, de 18.
Segundo o delegado Francisco Garrido Fernandes, titular da Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes (Dise), o médico tinha função de comando no tráfico de drogas, ordenando a aquisição de entorpecentes e distribuição. O braço-direito de Frederico, conforme afirma o delegado, era o acusado Fabian.
Frederico e Fabian foram surpreendidos pelos investigadores da Dise na esquina da Avenida Conselheiro Nébias com a Rua João Pessoa às 18h30 de segunda-feira.
A situação de flagrante ficou evidenciada, segundo Garrido, porque pouco antes, por determinação de ambos acusados, Letícia pegou um carregamento de 1,5 mil pedras de crack, no Morro do Tetéu, e levou até a casa de Neguinho, no Humaitá, em São Vicente. Essa droga seria distribuída em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, conforme aponta a investigação.
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Letícia e Neguinho foram surpreendidos logo depois a mulher deixar a casa. Foi apurado que ela recebeu R$ 200,00 pelo trabalho de “mula” (transportar entorpecentes).
Para o êxito da operação, de acordo com Garrido, as diligências ocorreram de forma simultânea.
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No veículo do profissional de saúde, um Fiat Punto, os investigadores apreenderam um receituário médico com nomes de pessoas envolvidas com o tráfico, além de folhas com nomes e telefones, celulares e comprovantes de depósitos bancários.
Em diligência na casa de Fabian, no Balneário Maracanã, em Praia Grande, os policiais da Dise recolheram diversas folhas de “Ação Entre Amigos”, rifas do Primeiro Comando da Capital (PCC) utilizadas visando arrecadação de dinheiro para a facção.
Sob o comando do delegado Garrido e do investigador-chefe, Paulo Álvaro Ribeiro, participaram da operação os policiais Pina, Coelho, Orlando, Ricardo, Edmir, Osvaldir, Paulo Menezes, Carlos, Leandro, Morge, Rita e Rosângela.
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Defesa
O advogado do médico Frederico Barbosa, Marcelo Cruz, afirmou ontem ao DL que seu cliente nega veementemente qualquer tipo de envolvimento com o tráfico de drogas e com o crime organizado. Cruz frisa que a diligência feita pela polícia na casa do acusado não localizou nenhum material relacionado ao tráfico.
“Vamos analisar toda a prova do inquérito policial para elaborar o pedido de soltura”, assinala o defensor. O advogado vai embasar o pedido ressaltando que o médico tem atividade laboral (profissional) e residência fixa.
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Candidato a vereador
Frederico Barbosa foi candidato a vereador em Santos, no ano passado, pelo Partido Social Cristão (PSC). Ele obteve 855 votos e não se elegeu.
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