Suspeito foi identificado pela polícia como responsável por série de assassinatos / Reprodução
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O dentista Flávio do Nascimento Graça, de 40 anos, acusado de matar três pessoas ligadas a uma clínica dentária de Santos, vai a júri popular. O julgamento terá início no dia 5 de abril, às 9h, no Fórum de Santos. Flávio responde pelos crimes que começaram em dezembro de 2014 e aconteceram até setembro de 2015.
Depois de analisar imagens de câmeras de monitoramento, a polícia descobriu que Flávio monitorava os passos das vítimas, que faziam parte de um consultório concorrente, localizado na mesma rua do seu consultório. De acordo com a investigação, ele cometeu os crimes por vingança, já que tinha entrado em falência e atribuía isso à concorrência.
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Ele usava como disfarce uma peruca e por isso ficou conhecido como ‘Maníaco da Peruca’. Ele foi preso no final de 2018, quatro anos após o primeiro crime. O juiz alegou que o homem oferecia risco à sociedade, por isso a decisão de ele aguardar o julgamento em cárcere.
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Assassinatos em série
Em 23 de dezembro de 2014, o empresário Agilson Corrêa de Carvalho, de 54 anos, foi morto com um tiro na cabeça quando saía da clínica em que trabalhava. De acordo com testemunhas, o criminoso agiu sozinho e a rua onde ocorreram os disparos estava movimentada na hora do ato.
Já no dia 15 de julho de 2015, Aldacy Correa de Carvalho, de 56 anos, também foi assassinada ao sair de uma das unidades da clínica, no Centro de Santos. Ela estava acompanhada por outras duas pessoas que também foram alvos. Uma delas, Arnaldo Correa de Carvalho, de 54 anos, morreu após passar quatro meses internado.
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O outro alvo, sobrinho de Agilson, de 21 anos, também foi atingido pelos disparos, mas sobreviveu. Os tiros acertaram de raspão o nariz e a nuca da vítima, que também precisou ser hospitalizada. A segunda sobrevivente foi uma mulher, de 40 anos, baleada em 23 de setembro de 2015, no bairro Gonzaga.
Investigações
As suspeitas sobre o dentista aumentaram depois do terceiro crime, onde uma funcionária da clínica foi baleada. Os policiais ouviram depoimentos de colegas de faculdade de Flávio, que o reconheceram por meio das câmeras de monitoramento.
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Durante as investigações a polícia detectou que o dentista apagava as pistas. No final de 2015, Flávio apagou todos os seus registros, como contas bancárias e e-mails, assim como também tentou suspender seu registro no Conselho Regional de Odontologia (CRO), mas não conseguiu por ter débitos com a entidade.
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