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Após mais de 12 horas de debates entre defesa e acusação do quinto dia de julgamento do caso Bruno, noite desta sexta-feira, no Fórum de Contagem, em Minas Gerais, os réus Luiz Henrique Romão, o Macarrão, e Fernanda Castro, foram condenados respectivamente a 15 anos e cinco de prisão. Macarrão foi condenado por homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado de Eliza, e absolvido de ocultação de cadáver.
A confissão do crime atenuou sua pena. Já Fernanda, ex-namorada de Bruno, foi condenada por sequestro e cárcere privado de Eliza Samudio e também do menino Bruninho, filho do ex-goleiro Bruno com Eliza. Fernando poderá recorrer em liberdade, enquanto Macarrão não terá esse benefício.
Durante o anúncio da pena, a mãe de Eliza Samudio, Sônia Fátima de Moura, ajoelhou-se em frente do plenário. No momento da sentença ela começou a chorar e disse estar “aliviada”. O promotor Henry Castro afirmou estar “feliz com a decisão”, entretanto, “não houve vitória, porque há uma pessoa morta”. Segundo a Promotoria, Macarrão coordenou toda a trama que começou com o sequestro de Eliza, em 4 de junho de 2010, no Rio de Janeiro, e terminou com sua morte, na casa de Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, seu executor, em Vespasiano (região metropolitana de Belo Horizonte), em 10 de junho do mesmo ano.
Para o promotor, coube a Macarrão a tarefa de atrair Eliza para o Rio, prometendo a ela que Bruno iria fazer um teste de DNA para reconhecer o filho, além de entregar a modelo o dinheiro referente a pensão de Bruninho. Para realizar a tarefa, sustentou a acusação, Macarrão contou inicialmente com a ajuda de Jorge Rosa, primo de Bruno, menor a época dos fatos, que agrediu a vítima com coronhadas na cabeça dentro da Land Rover do goleiro.
Em seguida, segundo a promotoria, ambos levaram Eliza para a casa de Bruno no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste do Rio, seu primeiro cárcere privado. Lá, tiveram ajuda de Fernanda Castro, que ficou com o filho de Eliza enquanto a modelo era mantida no cárcere até a noite do dia seguinte, sábado, 5 de junho, quando foi levada para Minas Gerais.
No dia 10, Macarrão e Jorge a levaram até um local situado perto da Toca da Raposa, centro de treinamento do Cruzeiro na região da Pampulha, em Belo Horizonte. No local, aguardava eles, em uma moto, Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, que os guiou até a casa dele em Vespasiano (região metropolitana de BH), onde Eliza foi morta por estrangulamento.
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