Polícia

Líder do PCC foi ao Rio para aprender como criar milícias no Litoral de SP

Mês de outubro já começou com operação deflagrada para desarticular ramificações criminosas envolvendo políticos e empresários de Guarujá

Da Reportagem

Publicado em 02/10/2024 às 18:10

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Líder do PCC aprendeu no Rio de Janeiro como implantar milícias em Guarujá / Divulgação/PMG

“Implementar a milícia em bairros de Guarujá”. Esta era a intenção de uma liderança do Primeiro Comando da Capital (PCC), de São Paulo, quando foi ao Rio de Janeiro, em 2022, para aprender o passo-a-passo. Esta informação foi divulgada pela Secretaria de Segurança Pública de SP, nesta terça-feira (01).

Segundo uma investigação da Polícia Civil e do Ministério Público, o grupo do qual o suspeito faz parte estaria envolvido em ao menos quatro mortes de policiais no município no ano passado. Uma operação contra o bando foi deflagrada no primeiro dia de outubro.

A instalação de uma milícia em Guarujá, através do bando ligado ao PCC, estava em percurso por meio de ameaças e ataques a lojas e comércios. Segundo a investigação, os criminosos forçavam os empresários locais a pagarem os serviços de segurança da organização criminosa, em detrimento de seguranças particulares. O líder do grupo, Cristiano Lopes Costa, o Meia Folha, foi morto num ataque a tiros no município, em março.

A nota da SSP-SP ainda diz que “desde então, o bando passou a atuar com vigilantes contratados a fim de obter o monopólio da segurança de comércios de Guarujá. Além disso, desencadeou uma onda de homicídios contra policiais e agentes de segurança que já trabalhavam nesses locais como seguranças particulares. Para isso, organizou roubos e ataques contra estabelecimentos para ameaçar os comerciantes".

A operação deflagrada na última terça-feira (1) pela Polícia Militar, Polícia Civil e Ministério Público quer desarticular ramificações da milícia. Foram autorizados o cumprimento de 26 mandados de busca e apreensão em cidades da Baixada Santista.

Ainda segundo as investigações, quatro mortes de policiais têm indícios de envolvimento de milícias. As autoridades apontam ainda a suspeita da existência de um acordo entre políticos e a facção para conter a violência na região na época.

O dono de uma empresa de limpeza é um dos criminosos envolvidos no caso. A empresa venceu uma licitação com indícios de fraude da Prefeitura de Guarujá. A organização criminosa teria recebido, segundo a SSP-SP, R$ 26,9 milhões.

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