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O juiz Rodrigo Barbosa Sales, da 3ª Vara Criminal de São Vicente, decretou hoje (9) as prisões temporárias de três acusados pela morte do policial militar Leandro Nascimento Carvalho, executado a tiros na madrugada do último sábado, em um baile funk no Sambaiatuba. Dois dos três acusados já foram recolhidos para cadeias. São eles V.D., de 31 anos, apontado como tesoureiro do Primeiro Comando da Capital (PCC) na Baixada Santista e M.O., de 29 anos, garota de programa pivô do crime. O terceiro indiciado que teve a prisão decretada, J.T., de 29 anos, gerente do tráfico de drogas no Dique do Sambaiatuba, não havia sido localizado até a noite desta quarta-feira.
V.D. e M.O. foram interrogados pelo delegado Ruy de Matos Pereira Filho, titular do 2º DP de São Vicente, na terça-feira. A equipe de Pereira Filho e do investigador Ricardo Félix chegou aos dois acusados após um trabalho de investigação ininterrupto, iniciado logo após o crime, que foi marcado pela brutalidade. Após ser executado, o policial teve o corpo carbonizado.
O soldado da PM estava acompanhado de dois amigos no Baile do Mandela: um engenheiro – ex-sargento da Aeronáutica – que foi baleado no pescoço e um guarda municipal, que escapou do local. O engenheiro permanece hospitalizado e corre o risco de ficar sem o movimento das pernas.
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Ordem para matar
Ao fundamentar a representação pelas prisões temporárias dos três acusados, o delegado Ruy de Matos Pereira Filho descreve, com base nos depoimentos colhidos, de que maneira o homicídio foi decretado dentro do baile funk. A ordem para matar teria partido do tesoureiro do PCC, que inclusive realizou disparos contra o PM, afirma o delegado.
De acordo com a autoridade policial, o soldado da PM foi chamado para a festa, via rádio comunicador, pela garota de programa. A mulher estava acompanhada do tesoureiro do PCC, com quem ela tem um relacionamento, e outros indivíduos ligados ao tráfico.
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O engenheiro que estava com o PM teria se aproximado de V.D. e ocorreu um desentendimento. Diante disso, conforme foi apurado, a garota de programa, que já era desafeto do engenheiro, gritou na festa que Nascimento e os dois colegas “eram policiais”. Na sequência, V.D. teria dado a ordem para os traficantes armados agirem.
Segundo o delegado, o policial tentou sacar uma de suas duas pistolas para se defender dos criminosos, mas ficou em desvantagem pelo seu estado alcoólico. Ele teve as armas tomadas e os primeiros disparos teriam sido efetuados por V.D.
Investigações prosseguem
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As investigações prosseguem objetivando a captura de J.T. e a identificação dos demais envolvidos no crime. As diligências ocorrem em conjunto com o Serviço Reservado da Polícia Militar.
O pai do soldado assassinado acompanha os trabalhos de investigação de perto. Ele elogiou ontem, após a decretação das prisões, o empenho dos policiais em esclarecer o caso. “Só eu sei o empenho dessa equipe. Estou mais aliviado agora, com o início do processo”.
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