Thiago Ozarias Souza se entregou na noite desta sexta-feira (3) / Divulgação/Polícia Civil
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O segurança Thiago Ozarias Souza, que atingiu o universitário Lucas Martins de Paula, de 21 anos, com 12 golpes na saída do Baccara Bar & Grill se entregou na noite desta sexta-feira (3) à Polícia Civil. Ele estava foragido desde o último dia 27, quando teve a prisão temporária decretada pela Justiça.
A Justiça decretou nesta sexta as prisões preventivas de Thiago, do dono Baccará, Vitor Alves Karam, e dos seguranças Anderson Luiz Pereira Brito e Sammy Barreto Calander pelo assassinato. Os três últimos seguem foragidos.
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Com base na investigação do 3º Distrito Policial de Santos, o Ministério Público Estadual (MPE) denunciou à Justiça os quatro homens pelo crime, que ocorreu na madrugada de 7 de julho.
Com traumatismo craniano, Lucas morreu no último dia 29, após ficar internado por 22 dias na Santa Casa de Santos.
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Thiago e Sammy, segundo a denúncia criminal, foram os autores das agressões, enquanto Vitor e Anderson, chefe dos seguranças, ainda de acordo com a denúncia, concorreram para o crime.
Imagens de monitoramento obtidas pela Polícia Civil em uma escola municipal próxima ao Baccará, na Rua Oswaldo Cochrane, foram fundamentais para o esclarecimento da dinâmica do crime, que se consumou na calçada do bar.
Nas imagens, Thiago aparece desferindo 12 golpes, entre socos e joelhadas, no estudante, após a vítima contestar a marcação de uma cerveja com preço de R$ 15 em sua comanda. De acordo com a polícia, Sammy também desferiu um soco em Lucas.
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Pelas imagens, o dono do bar e o chefe dos seguranças presenciaram as agressões na parte externa, segundo a delegada Edna Pacheco Fernandes Garcia, que presidiu o inquérito.
"Eles tinham o dever jurídico de impedir que aquilo acontecesse e eles não tomam nenhuma atitude para que o segurança (Thiago), que é subordinado a eles, pare com as agressões. O outro segurança (Sammy) está presente no local dos fatos e ele é que desfere o último soco no Lucas", declarou a delegada.
Edna frisou que o último golpe não foi determinante para os ferimentos.
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Outro lado
O advogado do dono do Baccará, João Manoel Armôa Júnior, afirmou que está em contato com Vitor para ver se ele irá decidir se entregar.
Armôa também afirmou que irá analisar o despacho que decretou a prisão preventiva e recebeu a denúncia para, depois, "analisar a medida pertinente para tentar a revogação e que ele (Vitor) responda ao processo em liberdade".
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O Diário do Litoral ainda não conseguiu contato com as defesas dos demais acusados.
Denúncias
Informações que ajudem a Polícia Civil a localizar o paradeiro dos procurados podem ser transmitidas pelos telefones 3261-3000 ou 181 (Disque-Denúncia). Não é necessário se identificar.
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