Polícia
Conselho de Sentença acolheu a tese de legítima defesa. "Eu quero trabalhar. Eu preciso trabalhar. É o que eu gosto de fazer", disse Cirilo da Silva ao deixar o Fórum de Santos
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Submetido a júri popular por ter atropelado e matado um assaltante em agosto de 2012, o motorista de ônibus Cirilo Ribeiro da Silva, de 39 anos, foi absolvido na noite de hoje (28), no Fórum de Santos, pelo Conselho de Sentença, que acolheu a tese de legítima defesa. A decisão dos jurados foi lida pelo juiz Antonio Álvaro Castello às 20h. Ao DL, Cirilo disse pretende iniciar uma nova etapa na vida. “Quero começar do zero”, disse.
O motorista afirma que ama a profissão e que está ansioso para retornar ao trabalho. “É isso que motiva a sair de casa. Eu quero trabalhar. Eu preciso trabalhar. É o que eu gosto de fazer, é minha profissão. Não tem como largar. Minha ansiedade era saber se eu ia poder continuar ou não. Deus me deu a vitória”.
Debates
Os debates entre a defesa e a acusação ocorreram entre a tarde e a noite de ontem. O Ministério Público (MP) pleiteou a condenação por homicídio privilegiado pela violenta emoção – que atenua a pena.
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Os advogados sustentaram que o ônibus era o único meio de defesa que o motorista tinha. “Quantos casos nós não vemos em que o ladrão dispara aleatoriamente”, argumentou o advogado Alex Ochsendorf nos instantes finais de sua sustentação aos jurados.
O caso
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Silva foi mantido refém por três assaltantes que embarcaram no Saboó. Na Rua Henrique Porchat, na Vila Nova, após os ladrões já terem deixado o coletivo, o motorista atingiu Danilo Terranova, de 27 anos, que morreu no local.
O motorista foi autuado em flagrante por homicídio pela Polícia Civil. Ele chegou a ser mantido preso após o flagrante, mas obteve o direito de responder em liberdade.
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