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O julgamento do Massacre do Carandiru foi retomado na tarde de hoje (18), após ter sido suspenso na manhã de ontem (17) porque um dos sete jurados passou mal. Uma equipe médica avaliou o estado de saúde do jurado no início da tarde e o liberou para o julgamento. O nome do jurado é mantido em segredo e o motivo pelo qual ele passou mal não foi revelado pelo Tribunal de Justiça.
O juiz José Augusto Nardy Marzagão decidiu retomar o julgamento com a leitura de peças, ou seja, com a leitura de antigos depoimentos sobre o caso e de laudos periciais. Após a leitura de peças, o julgamento prossegue com os depoimentos de quatro dos 26 policiais que são réus no caso, acusados das mortes de 15 detentos que estavam no segundo pavimento do Pavilhão 9 da antiga Casa de Detenção do Carandiru.
Em depoimentos dados até agora, as testemunhas do massacre contam que, naquele dia, houve uma briga entre presos que resultou em uma rebelião. Em seguida, policiais invadiram o local. A promotoria defende que houve excesso policial na ação. Já a defesa alega que a ação era necessária e que os policiais não podem ser condenados pelo ato já que não é possível individualizar suas condutas - dizer quais policiais atiraram e quais foram as vítimas.
No massacre, ocorrido no dia 2 de outubro de 1992, 111 presos foram mortos. Por causa do grande número de réus, 79 policiais, o julgamento do Massacre do Carandiru foi dividido em etapas. Nesta primeira fase, estão sendo julgados 26 policiais.
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