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A Polícia Militar informa que pediu à Federação Paulista de Futebol (FPF) a alteração da data de um dos jogos marcados para esta quarta-feira (do São Paulo ou do Corinthians), mas a mudança não foi feita. O São Paulo vai enfrentar o Capivariano, às 19h30, no Pacaembu enquanto o Corinthians vai jogar contra o Once Caldas, às 22 horas, no Itaquerão.
"O Comando da PM sugere à FPF a alteração por considerar que num jogo com duas torcidas rivais, mesmo que em jogos diferentes, a concentração de pessoas é grande em metrôs, trens, terminais de ônibus, cujos torcedores se caracterizam com vestimentas e adornos dos times para os quais torcem", diz e-mail enviado à Agência Estado e assinado pelo tenente Júlio Cesar Badini, do 2º Batalhão de Choque da Polícia Militar.
"Nesse caso (dois jogos no mesmo dia), há um aumento de forma exponencial e incalculável de risco de confrontos e quebra da ordem pública, colocando em risco a integridade física de pessoas, além de causar danos ao patrimônio público e privado", continua a nota.
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Com a confirmação da realização dos dois jogos, a Polícia Militar revela que haverá "um reforço no número de policiais para realizarem a busca pessoal nos portões dos estádios, a segurança nas chegadas das delegações e das torcidas organizadas. Serão realizadas escoltas para as delegações e torcidas organizadas".
A reunião de planejamento das ações de policiamento e transporte realizada na segunda-feira com a presença de policiais e representantes do Metrô e CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), definiu que apenas os torcedores uniformizados do São Paulo vão utilizar o transporte público. A torcida do Corinthians vai utilizar meios próprios para chegar ao Itaquerão. Mesmo com o acordo firmado na reunião, torcedores comuns, fora das organizadas, deverão usar trem e metrô, o que aumenta o risco de confrontos antes e depois das partidas.
“A organizada do Corinthians se comprometeu a não usar o transporte público. Nós informamos os torcedores sobre os eventos, adotamos as medidas de segurança, mas não podemos restringir o acesso dos torcedores comuns ao transporte público” diz o tenente Vasconcelos, do 2.º Batalhão de Choque da Polícia Militar.
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