Polícia
O médium João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus, foi condenado pela Justiça de Goiás a 44 anos e seis meses de prisão por crimes sexuais cometidos contra quatro mulheres
A nova denúncia contra João de Deus relaciona outras 44 vítimas / Reprodução
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O médium João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus, foi condenado pela Justiça de Goiás a 44 anos e seis meses de prisão por crimes sexuais cometidos contra quatro mulheres. Cabe recurso.
Ele foi condenado a cumprir a pena, em regime fechado, por estupro contra duas mulheres e por estupro de vulnerável cometido contra outras duas, entre 2009 e 2018. A sentença judicial também determinou pagamentos entre R$ 20 mil e R$ 75 mil como indenização às vítimas.
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A nova condenação, publicada nesta quinta-feira (25), é a quarta envolvendo o médium que ficou famoso por atender celebridades na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia (GO), e, somadas, chegam a 106 anos de condenação. Ele está em prisão domiciliar em Anápolis, no mesmo estado.
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Na denúncia oferecida em 15 de janeiro de 2019 à Justiça, João de Deus era acusado de crimes contra uma quinta mulher, mas foi inocentado pelo juiz Marcos Boechat, de Abadiânia, por insuficiência de provas.
Segundo a Promotoria, foram levados em consideração os relatos de 13 vítimas. Em 8 casos, porém, os crimes estavam prescritos.
Advogado do médium, Anderson Van Gualberto afirmou que a defesa ainda não foi intimada da sentença, mas que se ela "tiver a mesma solução jurídica daquelas que foram proferidas anteriormente", irá recorrer.
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"Ressalta-se que o espetáculo público promovido em torno do processo do sr. João Teixeira de Faria tem impedido uma análise imparcial de todos os elementos que envolvem o caso
'João de Deus'. De qualquer sorte, após a análise dos fundamentos da sentença, apresentaremos os recursos próprios", disse o defensor, por meio de nota.
Joao de Deus seguirá em prisão domiciliar, que foi decretada em outro processo.
Antes da nova condenação, João de Deus já tinha recebido pena de 40 anos de prisão por cinco estupros de vulnerável, de 19 anos e 4 meses de prisão por violação sexual mediante fraude, violação sexual mediante fraude tentada e dois estupros de vulnerável, e de 2 anos e 6 meses de prisão por violação sexual mediante fraude contra uma vítima.
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Em agosto, o Ministério Público de Goiás apresentou a 15ª denúncia contra o médium de supostas práticas de crimes sexuais. Ele é acusado pela Promotoria de cometer estupro de vulnerável envolvendo oito mulheres.
A nova denúncia contra o médium relaciona outras 44 vítimas, conforme o Ministério Público, mas em razão de os crimes estarem prescritos "ou ter decaído o prazo de representação da ofendida, elas figuram como testemunhas, notadamente para reforçar a forma de agir do denunciado", afirma a Promotoria.
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