Honda Fit do morador de Diadema foi rastreado pela segurada e localizado na Vila Margarida / Reprodução
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Um morador de Diadema, de 27 anos, mentiu que foi sequestrado e por pouco um inocente que estava com ele não acabou autuado pelo crime na manhã desta sexta-feira (3) em São Vicente. O homem, que teve uma recaída no uso de cocaína e queria ocular o fato à família, só revelou a mentira sobre o sequestro após uma série de questionamentos feitos pela equipe do 2° Distrito Policial de São Vicente (Cidade Náutica).
O homem comunicou a família sobre o falso sequestro e a seguradora rastreou o veículo na Vila Margarida. Policiais sob o comando do delegado Armando Prado Lyra Neto, titular do 2° DP, e do investigador-chefe, Marcelo Pereira, localizaram o automóvel na esquina das ruas do Canal e 8 e encontraram, no interior do veículo, o morador de Diadema e um outro homem, de 41, morador do bairro.
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O morador de Diadema, visivelmente alterado, afirmou aos investigadores que foi sequestrado em Diadema e que passou a noite toda como refém na madrugada, sendo levado a São Vicente. Ele, porém, não conseguiu explicar o motivo do outro homem estar no carro, fazendo com que os policiais, em uma análise preliminar do caso, acreditassem que pudesse ser um dos autores do suposto sequestro.
O pai do homem já estava no 2° Distrito Policial de Diadema para registrar uma ocorrência de sequestro e veio a São Vicente.
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Na presença do pai e com a apuração dos gastos que ele teve na madrugada, cerca de oito transações, não atingindo a quantia de R$ 350,00, o homem foi novamente questionado se teria de fato sido sequestrado e se a pessoa averiguada como autora tinha cometido o crime.
Os policiais alertaram que uma pessoa inocente poderia ir para a cadeia pelo crime de sequestro e neste instante o homem confessou que “havia vacilado”, que ingeriu bebida alcoólica e teve a recaída com cocaína. Ele esclareceu que tinha convidado o morador da Vila Margarida para consumir bebida alcoólica.
O homem disse que se arrependeu dos seus atos, acionando o Estado com a falsa comunicação de um crime, e disse que fez a denúncia para ocultar sua condição de dependente de cocaína. A confissão ocorreu em trabalhos conduzidos com a assistência do escrivão Wladimir Faustino.
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Ele foi autuado por falsa comunicação de crime e liberado.
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