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De vítima de sequestro relâmpago para indiciado por falsa comunicação de crime. Esse foi o desfecho do episódio que teve como protagonista um auxiliar de enfermagem de 29 anos, que bateu o Honda Civic do padrasto, sem seguro, em um caminhão na Avenida Perimetral, em Santos, ontem à tarde. Devido à falsa versão sustentada pelo auxiliar de enfermagem no atendimento da ocorrência, as polícias Militar, Civil e a Guarda Portuária foram mobilizadas para as buscas por dois suspeitos inexistentes.
O que ficou apurado com o desenrolar da ocorrência é que o auxiliar de enfermagem estava, na verdade, com dois colegas no carro e atingiu a traseira do caminhão de modo acidental.
Um dos colegas buscou atendimento no Pronto-Socorro Central, forneceu nomes falsos e foi ouvido, posteriormente, na 5ª Delegacia de Atendimento ao Turista (Deatur), conhecida como Delegacia do Porto. O outro passageiro não havia sido localizado até o fechamento desta reportagem.
O auxiliar de enfermagem manteve a versão fantasiosa a policiais militares e civis enquanto era atendido no Pronto-Socorro da Zona Leste.
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A versão começou a ficar frágil devido a entrada do colega dele no Pronto-Socorro Central. Este acidentado disse que se feriu em uma colisão na Avenida Perimetral. Conforme constataram os policiais, as características físicas dele não coincidiam com a de nenhum dos dois assaltantes descritos pelo auxiliar de enfermagem.
O motorista novamente foi questionado pelos policiais e se contradisse. Ele admitiu, na sequência, que o sequestro relâmpago não existira.
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Após ser indiciado na 5ª Deatur, o auxiliar de enfermagem foi liberado. O colega dele responderá por falsidade ideológica e também foi liberado.
Prejuízos
Na delegacia, o padrasto disse aos jornalistas que o carro estava avaliado em pelo menos R$ 40 mil. Questionado sobre a conduta do enteado, ele disse que serviu de lição ao rapaz vê “tudo sempre de forma positiva”.
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“É uma forma dele perceber que tem que ter cuidado, tomar providências para que isso não aconteça mais”, disse o comerciante
Sobre o prejuízo, ele acrescentou: “a gente trabalha e compra outro de novo”.
O motorista do caminhão calcula prejuízo de pelo menos R$ 3 mil. O para-choque foi arrancado, um pneu estourou e uma lanterna foi quebrada.
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