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Um operário morreu às portas do Rock in Rio, nesta sexta (18), após ser soterrado por areia.
Segundo colegas, Antonio Carlos, 29, pernambucano pai de dois filhos, era encarregado-geral das obras de tubulação de águas tocada pela Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos).
As portas da Cidade do Rock ficam a poucos metros do local do acidente, e o público passa sem reparar no que houve. O corpo, até as 17h, continua soterrado, numa vala vizinha a ambulantes vendendo cerveja a R$ 7.
A ex-mulher, Manoela Barbosa, 31, apareceu no canteiro de obras cobrando os engenheiros no local. "Só por que é peão vocês não ligam? Era um cara que sabia trabalhar. Vai ser enterrado aqui ou no Pernambuco?"
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A atual mulher de Antonio Carlos, segundo o amigo Manoel Damasceno, 48, está grávida de oito meses. "Avisei para darem remédio antes de falar com ela." Antonio e Manoel eram vizinhos no Tanque, na zona oeste do Rio.
O bombeiro hidráulico Reinaldo Santana, 33, viu tudo acontecer, por volta das 15h -quando o fluxo para entrar no Rock in Rio era intenso.
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"O Antonio foi descer para conferir a obra, e o aterro caiu em cima dele. A gente está trabalhando sem segurança nenhuma. Uma vergonha. Ele tentou sair, ficou gritando, mas não deu."
"Já aconteceu vários acidentes do tipo", continuou Reinaldo. "Estavam esperando uma fatalidade pra tomar providências. O barranco já caiu outras vezes, o próprio engenheiro quebrou a perna."
Eles trabalham para uma empresa que presta serviço para a Cedae, a Ipê Engenharia.
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O setor jurídico da Ipê Engenharia disse que a empresa prestará "toda a assistência possível" aos familiares e que aguardará perícia para se posicionar sobre as causas do acidente.