Polícia

Grafiteiro atingido por skate morre em São Vicente

O artista, conhecido como Leto, foi agredido na cabeça durante uma discussão no último dia 13

Publicado em 25/10/2014 às 11:57

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O grafiteiro Wellington Dias Bezerra, conhecido como Leto, que foi atingido na cabeça por um skate durante uma discussão na noite do último dia 13, faleceu às 22h46 desta sexta-feira (25). Ele estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Municipal de São Vicente, antigo Crei, depois de sofrer um afundamento no crânio. 

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De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde de São Vicente, o corpo de Leto foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Santos. O enterro será no Cemitério Memorial Necrópole Ecumênica, a partir das 18 horas.

Leto foi atingido por um skate na cabeça na noite do último dia 13 (Foto: Divulgação)

O caso

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Leto foi agredido na cabeça por um skate durante uma discussão na noite do último dia 13. O grafiteiro sofreu um afundamento no crânio depois de ser atingido pelo objeto, durante uma discussão. 

Na época do acidente, a esposa do grafiteiro, Erica Mauricio da Cunha Florencio, afirmou que estava com ele no momento da agressão. Segundo ela, eles estavam trabalhando em um muro no bairro do Catiapoã, quando um homem saiu de uma casa e atingiu Leto na cabeça com o skate. “Próximo ao muro tem uma casa que mora um senhor, e ele pediu informações sobre o que o Wellington estava fazendo. O Leto explicou tudo, falou que tinha autorização. Daqui a pouco, saiu dessa casa um homem de 28 anos, com skate na mão. Eles se conheciam e começaram a conversar. O Leto fez uma tatuagem para ele, de graça. Em um determinado momento houve um desentendimento e o rapaz bateu com o skate na cabeça do Leto”, afirmou à Reportagem do Diário do Litoral no último dia 16. 

Ainda segundo Erica, o homem fugiu quando a polícia foi acionada. “Chamei a viatura, mas como estava sozinha fiquei preocupada com o Leto e o agressor fugiu. Não teve como pegar ele em flagrante. Ele depôs mais tarde na delegacia. Eu fiz o B.O. e a intimação. Não me falaram mais nada”.

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Defesa

O acusado de ter agredido Leto, o modelo e fotógrafo profissional Eloy Bueno Santos, de 27 anos, apresentou à polícia uma versão legítima defesa.

Eloy, acompanhado do advogado Mário Badures, foi interrogado e liberado logo em seguida. O caso foi registrado no 1º DP de São Vicente. 

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Apoio

A Secretaria de Cultura de São Vicente divulgou uma nota sobre o caso. No texto, a secretaria afirma que uma caminhada pela paz ocorrerá no próximo sábado (1º). Ainda, no mesmo dia, amigos do artista se reunirão para terminar a pintura que Leto fazia quando foi agredido.

Leia a nota abaixo na íntegra:

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'CULTURA DE SÃO VICENTE PERDE LETO GRAFFITI


Ele não resistiu a ferimento na cabeça depois de agressão; sepultamento é na Memorial

São Vicente perdeu na noite desta sexta-feira (24), um de seus artistas populares mais representativos. Leto Graffiti morreu no Hospital Municipal da Cidade, depois de 11 dias de internação, em consequência da agressão que sofreu enquanto realizava mais um trabalho. Ele sofreu um afundamento no crânio após ter sido atingido com um skate na cabeça.

Wellington Dias Bezerra, de 40 anos, estava prestes a realizar mais um sonho, que era o de se tornar microempreendedor, para viver exclusivamente de sua arte e poder participar de outras ações na condição de produtor cultural legalizado.

O corpo de Leto Graffiti será velado a partir das 14h deste sábado (25), na sala 2 da Memorial Necrópole Ecumênica, em Santos, onde será sepultado depois, às 18h.

Pela paz - A Secretaria da Cultura de São Vicente promoverá uma ação em homenagem ao grafiteiro, no próximo sábado (1º). Será a Caminhada pela Paz e Contra a Violência, que percorrerá o circuito do Projeto Vias Vias, realizado há um mês na Cidade.

Grafiteiros e amigos de Leto será convidados a participar também da conclusão a obra que estava sendo feita por ele em um muro, quando foi atacado. A caminhada terá início às 15h, em frente à sede das Oficinas Culturais da Secult, que fica na Rua Tenente Durval do Amaral, 72, no Catiapoã.' 

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