Policiais obtiveram imagens dos envolvidos agindo no atentado a tiros, em 1º de setembro, na Caneleira / Reprodução
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“Polícia presente corre o risco”. A frase já está integrada ao cotidiano de policiais militares e civis que tem como área de atuação a Zona Noroeste de Santos e, como forma de resposta do Estado aos constantes ataques a tiros, um trabalho contínuo de investigação é realizado pelo 5° Distrito Policial, em conjunto com a Corregedoria da PM, o que possibilitou a identificação de um total de quatro acusados por dois atentados ocorridos em setembro. Três deles já tiveram a prisão preventiva decretada.
No atentado ocorrido em 1° de setembro, um grupo de sete criminosos atirou contra os policiais no Caminho das Pedras e foi necessário revide para os tiros cessassem. Não houve feridos.
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As investigações do 5° DP, em conjunto com o Departamento PM Vítima, possibilitaram a identificação de três suspeitos e fotos deles foram obtidas por meios eletrônicos. Elas foram exibidas aos policiais vítimas da tentativa de homicídio e eles não tiveram dúvidas em reconhecer os rapazes, conhecidos pelos apelidos de Coelho, W, e Pingo.
À equipe do delegado Marcos Alexandre Alfino, titular do 5° DP, e do investigador-chefe, Sergio Douglas Bento, os PMs souberam detalhar individualmente a conduta de cada um dos três acusados. Pingo utilizava uma pistola para os disparos e W, uma espingarda de calibre 12. Já Coelho, segundo os policiais, foi quem gerou o atentado e se juntou aos comparsas para a consumação do ataque.
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Tudo começou, conforme os PMs, quando uma abordagem de rotina foi realizada a um Fiat Idea, que era conduzido por Coelho. Após os procedimentos de praxe e ter sido liberado, ele se irritou e disse aos policiais: “isso não vai ficar assim”.
Logo em sequência, ele avançou pelo Caminho das Pedras e foi em direção ao grupo de comparsas, com ao menos sete homens. De maneira imediata, o grupo passou a caminhar na direção dos policiais e realizar uma série de disparos.
Com base no inquérito presidido por Alfino, a Justiça decretou as prisões preventivas de Coelho, W e Pingo, que seguem sendo alvos de buscas.
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O outro recente atentado contra PMs esclarecido ocorreu em 16 de setembro, na esquina do Caminho São José com a Rua Luis Frigelo, no Jardim Rádio Clube, e contou com a participação de ao menos cinco atiradores, que saíram de um Polo. Também não houve feridos e o motorista acabou identificado e indiciado nas investigações.
Na data do atentado, segundo a investigação, dois PMs em uma viatura se depararam com o Polo pouco tempo antes do ataque, na Rua Frederico Figueiredo, e decidiram acompanhar o veículo. Ao chegarem à região do Caminho São José, os PMs logo foram alvos dos tiros, sendo um dos atiradores ocupantes do banco de trás e outros quatro que ficaram à frente do carro disparando. Na sequência, o motorista e os demais fugiram.
A placa do automóvel foi anotada pelos PMs e repassada aos investigadores do 5° DP, que através de pesquisa e diversas diligências chegou ao atual dono do carro, que estava em processo de formalização da compra, mas não tinha seu nome ainda nos documentos.
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Ele compareceu ao distrito e admitiu que conduzia o carro nas vias onde o caso ocorreu, mas disse que não teve envolvimento nos disparos efetuados por traficantes. Afirmou ainda que só parou o carro após relampejo de farol alto da PM e que a todo momento estava sozinho no Polo.
O delegado titular do 5° DP, Marcos Alexandre Alfino, à esquerda na foto, e o investigador-chefe, Sergio Douglas Bento, estão à frente das investigações
(Foto: Divulgação/Polícia Civil)
Um policial reconheceu pessoalmente o homem como um dos envolvidos no atentado. Ele foi indiciado pela tentativa de homicídio e responderá em liberdade.
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Os inquéritos no 5° DP também contam com a participação da escrivã-chefe, Denise Chubert.
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