Polícia

Ex-vice do Banco do Brasil é preso pela PF

Ele foi alvo da Operação Porto Victoria, deflagrada para desarticular uma organização criminosa transnacional especializada em evasão de divisas e lavagem de dinheiro

Publicado em 11/06/2015 às 13:18

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O ex-vice presidente do Banco do Brasil Allan Simões Toledo foi preso temporariamente pela Polícia Federal nesta quinta-feira, 11, em São Paulo, por ordem da Justiça Federal. O executivo trabalha hoje no Banco Banif. Ele foi alvo da Operação Porto Victoria, deflagrada para desarticular uma organização criminosa transnacional especializada em evasão de divisas e lavagem de dinheiro em São Paulo, no Paraná e no Rio de Janeiro.

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Durante as investigações, foram detectadas transações por meio de um esquema conhecido como "dólar cabo", realizadas no Brasil e no exterior, à margem do sistema oficial de remessa de divisas. Segundo estimativas do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), há movimentações, como indicativo de lavagem de dinheiro, de cerca de R$ 3 bilhões em três anos de atuação das empresas envolvidas.

A investigação teve início em 2014 após solicitação da Agência Norte Americana de Imigração e Alfândega - ICE, para apuração de fatos envolvendo um brasileiro que atuaria junto a uma organização criminosa especializada em evasão de divisas e lavagem de dinheiro no Reino Unido, na Venezuela, nos Estados Unidos, Brasil e Hong Kong. A PF identificou a atuação do grupo em diversas frentes.

A investigação teve início em 2014 após solicitação da Agência Norte Americana de Imigração e Alfândega - ICE (Foto: Marcel Camargo/Agência Brasil)

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Um dos esquemas baseou-se na especialização da retirada ilegal de divisas da Venezuela por meio de importações fictícias promovidas por empresas brasileiras que tinham como fim somente a movimentação financeira. Os produtos brasileiros eram superfaturados em até 5.000% para justificar a remessa dos valores vindos da Venezuela. Em seguida, empréstimos e importações simuladas justificavam o envio dos recursos para Hong Kong, de onde então era encaminhados para outras contas ao redor do mundo.

Outro modo de ação - realizado no Brasil - era feito com importações fictícias por empresas brasileiras valendo-se da colaboração de operadores do sistema financeiro com bancos e corretoras de valores, que faziam vista grossa em relação à veracidade de transações comerciais que tinham como fim único o envio de dólares para o exterior, com aparências de legalidade.

A assessoria de imprensa do Banco Banif informou que não vai se pronunciar.
 

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