Polícia

Ex-dono do Baccará nega crime em interrogatório de quatro horas

Vitor Alves Karam alegou que não agrediu e nem deu aval para golpes no universitário Lucas Martins de Paula

Gilmar Alves Jr.

Publicado em 03/09/2019 às 20:55

Atualizado em 04/09/2019 às 13:20

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Vitor Alves Karam em intervalo durante a audiência realizada ontem no Fórum de Santos / Nair Bueno/DL

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Em uma audiência que durou quatro horas, o ex-dono do Baccará Bar & Grill, Vitor Alves Karam, um dos acusados pelo homicídio do universitário Lucas Martins de Paula, foi interrogado no Fórum de Santos nesta terça-feira (3) e negou qualquer participação no crime. A sessão foi concluída por volta das 19h30. 

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O advogado de Karam, Eugênio Malavasi, afirmou ao Diário do Litoral, ao final da audiência, que o cliente respondeu a todos os questionamentos, tanto do Ministério Público, quanto da assistência de acusação, bem como dos advogados dos três corréus. 

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"Entendo que o Vitor esclareceu todos os pontos e portanto ele deve ser impronunciado (não seja submetido a júri). Ele não tocou na vítima, ele não relou na vítima, ele não anuiu com a conduta dos prestadores de serviço", afirmou Malavasi. 

Com o interrogatório, na última fase de instrução do processo, a juiz Alexandre Betini, titular da Vara do Júri, irá definir se Karam irá ou não a júri popular pela morte do universitário.

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Pais e familiares de Lucas Martins de Paula pedem justiça na frente do Fórum de Santos (Foto: Gilmar Alves Jr./DL)

A acusação entende que o então dono do Baccará teve participação no homicídio ao anuir com a conduta dos seguranças. O crime ocorreu em 7 julho de 2018, após Lucas contestar a marcação de uma cerveja de R$ 15 em sua comanda no estabelecimento, que funcionava na Rua Oswaldo Cochrane, no Embaré. Com traumatismo craniano, Lucas faleceu 22 dias depois, na Santa Casa de Santos. 

Assistente da acusação, o advogado Armando de Mattos Júnior afirma que o empresário "participou do crime de forma homicida" e tinha "mando" para cessar as agressões. 

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Karam está preso preventivamente desde julho de 2019, após ficar quase um ano foragido. Nesta terça, Malavasi pediu a liberdade do cliente. A Justiça negou, por ora, e ainda prosseguirá análise do pedido. 

Ainda não há sentença de pronúncia (decisão que leva acusado a júri) para nenhum dos quatro réus.

Outros dois corréus respondem presos: os seguranças Thiago Ozarias Souza e Sammy Barreto Callender.

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Um terceiro segurança, Anderson Brito, que era encarregado do setor, segue foragido.

Thiago Ozarias desferiu, segundo a denúncia do Ministério Público, violentos golpes na vítima. Sammy, ainda de acordo com a peça de acusação,  desferiu um soco no rosto do universitário, levando Lucas a cair já inconsciente ao chão. As cenas do crime foram captadas pela câmera de monitoramento de uma escola e reunidas pela Polícia Civil durante as investigações. 

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