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A Polícia Civil do Paraná pediu ontem a prisão preventiva de um empresário do Rio suspeito de aplicar um golpe de mais de R$ 3 milhões com ingressos para jogos da Copa do Mundo que não foram entregues a agências de turismo e consumidores em pelo menos quatro Estados.
Fábio Luis Lemos Cajuhy, proprietário da DMX Tours, foi denunciado por donos de agências em Cascavel, no interior do Paraná, e em Mato Grosso do Sul. Ele não havia sido localizado pela polícia nem pelos compradores dos ingressos até a noite de ontem. Às vésperas do jogo de abertura, ninguém tem notícia dos bilhetes.
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Segundo o delegado adjunto da 15.ª subdivisão, Pedro Fernandes de Oliveira, Cajuhy havia também prometido fazer os transfers dos turistas entre hotel, estádio e aeroporto nos dias de jogos. Mas, conforme a data do início do Mundial se aproximava, o empresário passou a adiar a data de entrega dos ingressos.
A Justiça do Paraná concedeu uma liminar na semana passada para bloquear as contas de Cajuhy e de sua empresa, a pedido de uma agência de Cascavel, a Edo Tur, que vendeu R$ 607 mil em pacotes para clientes de diversas cidades. “Eles foram protelando a entrega. Primeiramente, para janeiro, depois para março, abril, maio, até chegar junho”, diz a empresária Suely Frare, de 52 anos.
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Quando percebeu que poderia não receber as entradas para os jogos, a maioria para a abertura e para a final da Copa do Mundo, Suely procurou outras agências para saber se era a única nesta situação. Como o empresário já havia honrado compromissos em outros campeonatos, ninguém acreditava na possibilidade de calote. Os donos da Edo Tur agora estão vendendo carros e imóveis para levantar dinheiro e ressarcir os clientes.
A polícia apurou que a DMX Tours não é credenciada pela Fifa para vender ingressos para os jogos do Mundial.
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