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A rede social Facebook foi determinante para o esclarecimento da morte do empresário Robson Luiz Alves Rosa, de 35 anos, executado com quatro tiros na cabeça, em Cubatão, na noite de 10 de outubro. Pela foto de perfil de um dos acusados, uma testemunha ocular do crime não teve dúvidas em apontá-lo como o autor dos disparos. O reconhecimento, ocorrido no Setor de Investigações do 3º DP de Cubatão, embasou juntamente com outras provas colhidas no inquérito o pedido de prisão temporária por 30 dias dos dois policiais militares acusados pelo homicídio, ambos lotados na Capital.
As capturas dos policiais ocorreram na manhã de ontem, por volta de 6 horas. Apontado como o atirador, H.C.L., foi preso em sua residência Capital, enquanto o colega de farda dono do veículo usado no homicídio, E.V., foi capturado na casa da mãe, na Cidade Náutica, em São Vicente. Ambos negam envolvimento no crime. Eles foram recolhidos para o Presídio Romão Gomes.
De acordo com o delegado Wanderley Mange de Oliveira, titular do 3º DP, a utilização do carro do PM em um assalto de veículo 15 dias após o homicídio, também na Vila Nova, foi o que colocou o soldado E.V. como suspeito pelo crime. Uma testemunha do roubo anotou a placa do Golf prata, o que possibilitou à PM apreender o veículo na Favela Vila Natal. Pelas imagens de monitoramento que captaram o homicídio, trata-se do mesmo veículo, conforme perícia do Instituto de Criminalística (IC).
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A partir da identificação do policial dono do Golf prata, o delegado Mange e o investigador Ricardo Razões iniciaram o trabalho para descoberta da identidade do segundo suspeito. “A testemunha dizia que o atirador era um homem branco, forte, com cabelo curto e corte militar”, relata Mange.
Diversos perfis de amigos do soldado E.V. no Facebook foram exibidos para a testemunha, até que ela apontou H.C.L. como o atirador. A pessoa que presenciou o homicídio disse que, no momento do crime, visualizou o atirador de perfil. É exatamente nesse ângulo que o acusado se apresenta na foto de exibição na rede social. “Quando abriu a foto a testemunha não teve dúvidas”, assinala o delegado.
Motivação
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As investigações prosseguem objetivando identificar o que motivou o assassinato. Para o delegado Wanderley Mange, são duas hipóteses: crime de motivação passional ou execução encomendada.