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O clássico entre Corinthians e Palmeiras foi o primeiro a contar com medidas antiviolência anunciadas pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) e o Poder Judiciário. Durante a partida, nove pessoas foram detidas no estádio de Itaquera, das quais seis, até o momento, já foram sentenciadas a cumprirem trabalhos voluntários em instituições públicas.
Cinco cambistas e um torcedor do Corinthians já foram julgados pelo Anexo Judicial de Defesa do Torcedor e terão de cumprir três meses de serviços comunitário no Instituto Médico Legal (IML) e no Corpo de Bombeiros, como medida restritiva de comparecimento a estádios. O outro torcedor do Corinthians não quis ser autuado pelo Estatuto do Torcedor e irá responder processo.
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Entre os detidos, sete eram cambistas que foram flagrados por investigadores da delegacia móvel da Divisão Especial de Atendimento do Turista (Deatur), do Departamento de Capturas e Delegacias Especializadas (Decade).
Outros dois torcedores do Corinthians foram flagrados atirando objetos no campo e em uma policial militar e também foram detidos. Os corintianos foram detidos por agentes da base da Delegacia de Repressão e Análise aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade), do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), que funciona dentro da arena.
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Esse foi o primeiro jogo em que a unidade da Deatur, que funciona dentro de um ônibus, atuou. “Esta delegacia se junta a uma base móvel que já fica dentro do estádio nos grandes jogos”, explicou o secretário da Segurança Pública, Alexandre de Moraes, que acompanhou a partida, válida pelo Campeonato Brasileiro.
Segundo Alexandre de Moraes, cada suspeito identificado “vai ser autuado, levado para o promotor, para o juiz, e já vai ser julgado, sendo que a prestação de serviço à comunidade começa no próximo jogo do time”.
Estrutura
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A unidade da Deatur funciona dentro de um ônibus, que ficou em uma das entradas do estádio e pode registrar até três flagrantes ao mesmo momento. O ônibus é totalmente equipado com estrutura para o atendimento de ocorrências de polícia judiciária e até uma cela para os torcedores que cometerem algum delito e forem detidos. O ônibus foi utilizado na Copa do Mundo de 2014 e em grandes eventos, como a Fórmula 1.
As duas bases da Polícia Civil têm acesso à internet e à rede de consulta aos bancos de dados civis e criminais, além de geradores de energia. O ônibus esteve no local a partir do meio-dia e permaneceu até duas horas depois do término da partida.
Anexo Judicial do Torcedor
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Cada pessoa presa durante os jogos de futebol será julgada pelo Anexo Judicial de Defesa do Torcedor, criado no último dia 26 de maio pelo Judiciário. O anexo será responsável pelo processo e julgamento de todos os crimes motivados que tenham relação com o futebol ou torcidas organizadas da Capital, mesmo que os delitos não aconteçam no mesmo dia ou horário das partidas.
“A partir de hoje, o promotor, o juiz e a polícia atuarão juntas, desde a investigação, passando pela prisão e indo até o final, que é a execução da pena, o que antes não ocorria”, afirmou o secretário, que já havia dito que a medida representa um golpe fatal na violência das torcidas.
No primeiro jogo em que as medidas de segurança foram postas em prática, não houve tumulto e o time da casa perdeu para o rival por dois gols a zero. No estádio, também estiveram presentes o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, José Renato Nalini, e o procurador-geral de Justiça do Estado, Márcio Fernando Elias Rosa.
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