Polícia

Corregedoria investiga uso de celular em prisão de policiais no RIo

Reportagem do jornal Extra mostrou que dois presos fizeram selfies da unidade militar e publicaram nas redes sociais

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 14/06/2015 às 15:52

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A Corregedoria da Polícia Militar instaurou procedimento para investigar como aparelhos de telefone celular entraram nas celas do Batalhão Especial Prisional (BEP), em Benfica (zona norte), no Rio de Janeiro, que abriga 218 policiais acusados de crimes. Avisada pelo Ministério Público, a corregedoria realizou uma fiscalização no batalhão, na sexta-feira, 12.

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Reportagem do jornal Extra mostrou que dois presos fizeram selfies da unidade militar e publicaram nas redes sociais, entre maio de 2014 e o início deste mês. Em uma delas, de janeiro deste ano, o PM Renault Ferreira Feitosa publicou foto com relógios e escreveu que os interessados em comprá-los poderiam deixar recados em sua página no Facebook. Também exibiu foto deitado em uma cama ao lado de frascos de perfume. "Uma das minhas paixões são os perfumes", escreveu.

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Segundo a reportagem, Renault foi diagnosticado com esquizofrenia, considerado inimputável e absolvido da acusação de roubo de um carro. Ele deveria estar em um hospital psiquiátrico, mas continua no BEP. O mesmo policial publicou uma foto segurando um leque de dinheiro. "Queria poder gastar tudo que está na minha mão hoje no Rei do Bacalhau. Desce combo", escreveu.

Condenado por tortura e roubo, o ex-PM Marcelo de Amorim Reis, segundo a reportagem, publicou uma foto segurando um celular dentro do batalhão, no dia 6 de junho deste ano, em um espaço que parece uma academia de ginástica, e escreveu na legenda: "malhando". Marcelo foi transferido para o presídio Plácido de Sá Carvalho, no Complexo de Gericinó (zona oeste), três dias depois. A Polícia Militar e o Ministério Público informaram que os presos do BEP serão transferidos para o presídio Vieira Ferreira Neto, em Niterói (região metropolitana), em data ainda não marcada.

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