Polícia

Corregedoria começa a interrogar 32 PMs sobre chacina na Grande SP

Na noite de quinta (13), 18 pessoas morreram e seis ficaram feridas nas duas cidades, em um intervalo de três horas. Os crimes ocorreram dentro de um raio de 10 km

Publicado em 18/08/2015 às 17:27

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A Corregedoria da Polícia Militar começa a partir desta terça-feira (18) a interrogar todos os policiais militares que trabalhavam em Osasco e Barueri, na Grande SP, na noite da chacina mais violenta do ano.

A Secretaria da Segurança confirmou a convocação de 32 PMs. São homens e mulheres do 42º batalhão, de Osasco, e do 20º batalhão, em Barueri, que prestarão depoimentos na condição de testemunhas para, segundo o governo, serem convocados a colaborar nas investigações.

Na noite de quinta (13), 18 pessoas morreram e seis ficaram feridas nas duas cidades, em um intervalo de três horas. Os crimes ocorreram dentro de um raio de 10 km. 

O secretário da Segurança de São Paulo, Alexandre de Moraes, disse nesta segunda (17) que a polícia já tem nomes de possíveis envolvidos na chacina. Sem dar detalhes se são policiais, Moraes informou que essas pessoas foram "indicadas" por testemunhas e estão sendo investigadas para serem tratadas como suspeitas.

"Avançamos muito", disse o secretário, que também afirmou que os ataques foram praticados por ao menos dez pessoas, divididas em três grupos.

A Secretaria da Segurança confirmou a convocação de 32 PMs (Foto: Rafael Arbex/Estadão Conteúdo)

"Nós conseguimos definir a existência de três grupos distintos. Um grupo que atuou em Barueri, porque as armas são as mesmas nos dois eventos de Barueri, não só os estojos encontrados no local do crime, como também os projéteis nas vítimas. E dois grupos diferentes, que atuaram com armas diferentes, com veículos tem diferentes também em Osasco."

Autoridades suspeitam que a chacina pode estar relacionada à morte de um policial durante um assalto a um posto de combustível em Osasco (na Grande São Paulo). 

Policiais militares dos batalhões de Osasco, Barueri e outras cidades da Grande SP trocaram mensagens por celular combinando vingar a morte. A tese de participação de policiais nos ataques foi reforçada com a entrada da corregedoria nas investigações.

Perguntado o que achava do possível envolvimento de membros da PM, Alckmin disse que o governo de São Paulo não descarta nenhuma hipótese.

Recompensa

Cidadãos que contribuírem com as investigações da chacina mais violenta do ano na Grande São Paulo poderão ser recompensados com R$ 50 mil, caso as informações que entregarem às autoridades ajudem nas apurações.

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou nesta segunda-feira (17) que o caso foi incluído no programa de denúncias. Para receber a recompensa, a pessoa com informações deve fazer sua contribuição pela internet, no endereço www.webdenuncia.org.br. É garantido sigilo absoluto.

Alckmin classificou o crime como "gravíssimo". "Pelo número de mortos e feridos. Enfim, há a necessidade de esclarecer a relação entre elas [mortes]. As causas disso e a prisão dos criminosos." O tucano também manifestou solidariedade às famílias das vítimas.

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