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O advogado Jorge Carreiro Mendes, que defende o policial Rodney Miguel Archanjo, um dos acusados de arrastar Cláudia Silva Ferreira por 350 metros em uma viatura da PM no Rio, disse os policiais não perceberam que a porta estava aberta por causa da sirene do veículo. "Prezaram pela agilidade porque queriam salvar a vida dela", disse. Antes do acidente, diz o defensor, moradores tentaram abrir a porta traseira da viatura para acompanhar a vítima, que havia sido baleada. Segundo Mendes, os PMs fecharam a porta e a vítima estava viva antes da saída da viatura.
A justificativa para os PMs não terem colocado Claudia no banco traseiro é de que o mesmo estaria ocupado por armas e coletes. Os três policias acusados pela morte de Cláudia são aguardados para prestar depoimento na delegacia de Madureira, que investiga o caso. Eles estão presos em Bangu 8 e aguardam a chegada de um oficio para serem levados à delegacia com escolta, informou Mendes. A Polícia Civil afirma que já enviou o documento, mas não para Bangu 8 e sim para o Batalhão de Rocha Miranda. A explicação é que os três estão à disposição da PM e não da Justiça.
O advogado José Ricardo Brito, que defende outros dois policiais militares que participaram da operação no domingo, afirma que o tiro que matou a auxiliar de serviços gerais pode ter partido de bandidos. Segundo ele, o primeiro-tenente Rodrigo Boaventura, que comandava a operação no domingo, e o sargento Zaqueu de Jesus Bueno trocaram tiros com cerca de 20 bandidos. "A operação era legal e os policiais não partiram da mata", afirmou.
Seus clientes estão soltos, trabalhando normalmente no 9º Batalhão da PM, em Rocha Miranda. Eles são aguardados na 29ª Delegacia de Polícia (Madureira) para prestar depoimento como testemunhas. A versão é diferente da relatada pelos familiares. Segundo o irmão de Cláudia, Julio César Silva Ferreira, não houve troca de tiros com bandidos. Os policiais teriam vindo da direção da mata atirando.
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