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O Estado e a capital paulista registraram, nos primeiros três meses do ano, os maiores índices de roubos (exceto de veículos) desde 1995, quando os dados trimestrais começaram a ser divulgados. Foram, respectivamente, 79.093 e 40.671 ocorrências, o que significa altas de 33,5% e 44,6%, em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo dados divulgados nesta sexta-feira, 25.
Com o aumento dos crimes contra o patrimônio, nem o Estado nem a capital paulista conseguiram cumprir a meta de redução de criminalidade estabelecida pelo governo estadual em seu programa de bonificação a policiais civis e militares. Em dois critérios (roubos em geral e roubos e furtos de veículos), o objetivo era igualar os resultados do primeiro trimestre do ano passado. O terceiro objetivo era reduzir homicídios e latrocínios. Houve queda, mas aquém do esperado pela Secretaria da Segurança Pública (SSP).
Com o estouro da meta, o programa de bonificação será alterado. Nesta sexta-feira, o secretário da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, anunciou que as metas estaduais e regionais serão excluídas neste trimestre. Nessa primeira fase, a avaliação será feita somente pelo resultado da delegacia ou da companhia da PM.
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No plano original, que ainda precisa ser aprovado pela Assembleia Legislativa, os policiais receberiam de R$ 500 a R$ 2 mil pelas metas trimestrais de roubos em geral, furto e roubo de veículos e vítimas de letalidade violenta (homicídios e latrocínios). Com a escalada da criminalidade, o primeiro trimestre não incluirá mais as metas de roubo e o bônus será de, no máximo, R$ 500. "Estamos excluindo o roubo e concentrando em roubo de veículos e em letalidade das áreas locais, para que sirvam de estímulo", disse Grella. "É uma solução inicial."
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), atribuiu o aumento nos roubos à nova forma de notificação de casos, por meio dos boletins de ocorrência eletrônicos no site da SSP. "Nós temos números mais verdadeiros. Antes, você tinha de ir à delegacia para fazer o boletim, o que dá trabalho e perde-se tempo. Hoje, você faz de casa", disse Alckmin. "Estatística não é para agradar ou desagradar. Ela é uma ciência para você ter planejamento e estabelecer diretrizes para eficiência do trabalho", disse o governador, que acredita no programa de metas como estratégia para a diminuição dos crimes no Estado. "Não atingiu agora, mas pode atingir mais à frente."
Mortes
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O Estado teve redução de 3,3% nos assassinatos (de 1.189 para 1 150), o que não foi suficiente para atingir a meta de 7,4% de redução no número de vítimas de letalidade violenta. O mesmo aconteceu com a capital: redução de 4,9% (de 304 para 289 mortes), mas a meta de redução no número de vítimas era de 9%.
Para Alckmin, o objetivo era "ousado". "Quando você estabelece uma meta para ser atingida, ela pode ser até ousada. Nós não queremos que mantenha nem aumente (o crime contra a vida), nós queremos que reduza. É uma meta ousada. Nós temos um objetivo e um foco", disse o governador.
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