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Condenado pela Justiça por lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas, o ex-goleiro Edson Cholbi do Nascimento, o Edinho, filho de Pelé, foi levado no início da tarde de ontem para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de São Vicente, mas para surpresa da Polícia Civil e sua defesa teve o acesso negado pela diretoria. Ele retornou ainda na tarde de ontem para cadeia anexa ao 5º Distrito Policial de Santos (Bom Retiro), onde está preso desde terça. A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) não se manifestou sobre a recusa da transferência até o fechamento desta edição.
Edinho foi preso Polícia Civil devido a um mandado de prisão preventiva expedido pela 1ª Vara Criminal de Praia Grande. Em 30 de maio, a juíza Suzana Pereira da Silva, auxiliar da 1ª Vara Criminal daquela cidade, condenou o ex-atleta a 33 anos e quatro meses de prisão. Ele teve o direito de recorrer em liberdade sob a condição de entregar o passaporte. Como o passaporte não foi entregue até o último dia 7, a magistrada decidiu pela decretação da preventiva. Suzana entregou o mandado à Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Santos na noite do dia 7. O cumprimento ocorreu na manhã do dia seguinte, no apartamento do ex-goleiro, na Ponta da Praia.
O advogado de Edinho, Eugênio Malavasi, afirma que Edinho perdeu o passaporte e comunicou o fato em 4 de junho à Delegacia de Polícia Federal de Santos e à Justiça. Na última segunda-feira, uma certidão de extravio foi expedida pela PF em Santos e entregue à Justiça.
“Ele (Edinho) não pode apresentar um documento que não existe mais”, disse ontem Malavasi aos jornalistas nas dependências do 5º DP de Santos.
O defensor afirma que pediu à juíza Suzana da Silva na quinta-feira a reconsideração do decreto de prisão. Até ontem, a magistrada não havia se manifestado sobre o pedido, que está sendo analisado pelo Ministério Público (MP).
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PF
O setor de comunicação da Delegacia de Polícia Federal de Santos informou na tarde de ontem que em 4 de junho a defesa de Edinho pediu a relação de passaportes dele. Apenas um, que vai até 4 de março de 2015, estava válido, segundo a PF. No mesmo dia 4 de junho Edinho compareceu à delegacia em Santos e assinou a comunicação do extravio.
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A PF ainda informa que no dia 7 expediu a certidão de perda logo depois de ela ser solicitada pela defesa do ex-jogador.
Condenações
Além de Edinho, foram condenados a penas idênticas no mesmo processo de lavagem de dinheiro Maurício Ghelardi, o Soldado, Nicolau Aun Júnior, o Véio, Clóvis Ribeiro, o Nai, e Ronaldo Barsotti , o Naldinho.
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Soldado e Véio puderam recorrer a liberdade na condição de entregar os passaportes. Naldinho está desaparecido há mais de cinco anos. Já Nai teve a prisão decretada durante o processo e continua preso.
O processo começou em 2005, após uma operação deflagrada pelo Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc).
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