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O julgamento do Massacre do Carandiru foi retomado hoje (20) no Fórum da Barra Funda, na capital paulista, com os debates entre acusação e defesa. Pela manhã, a promotoria apresentou a tese de que as 13 armas encontradas na Casa de Detenção, que pertenceriam aos presos, teriam sido “plantadas”, ou seja, levadas pelos próprios policiais da Rota para justificar a ação, que ocorreu em 1992 e terminou com 111 mortos.
A promotoria alegou que a versão de que os presos teriam atirado contra a Rota “é mentirosa”. “Infelizmente, é hábito os maus policias plantarem armas de fogo em cenas de crime”, disse a acusação. A baixa visibilidade relatada pelos policias, que disseram conseguir enxergar à distância de apenas um metro no momento da entrada no presídio, também foi questionada pelos promotores. "Os policias militares alegam que a visibilidade era mínima. Então, como seria possível encontrar armas e munição no chão?".
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A acusação citou também que o relatório da Comissão Oficial do Ministério Público para investigar o caso reforçou a ideia de que as 13 armas de fogo encontradas no local teriam sido “plantadas”. Duas dessas armas foram rastreadas e descobriu-se que o proprietário de um dos revólveres tinha tido sua arma apreendida pela polícia e a outra havia sido comprada pela Exército Brasileiro.
Depois da pausa para o almoço, o julgamento recomeça e a expectativa é que a decisão saia ainda na noite de hoje. Nessa etapa do juri, estão sendo julgados 26 policiais militares acusados de matar 15 presos que ocupavam o segundo pavimento do Pavilhão 9 do Carandiru.
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