Polícia

Cabo morta comunicou comando, dizem PMs a major

Andreia Regina Bovo Pesseghini comunicou ao comando 18º Batalhão que recebeu convite de colegas PMs para participar de um roubo a caixas eletrônicos

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 14/08/2013 às 21:03

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O deputado estadual major Olímpio Gomes (PDT-SP) confirmou nesta quarta-feira, 14, ter encaminhado na segunda, 12, à Corregedoria da Polícia Militar informações recebidas de diversos policiais de que a cabo Andreia Regina Bovo Pesseghini comunicou ao comando 18º Batalhão que recebeu convite de colegas PMs para participar de um roubo a caixas eletrônicos.

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Ela teria sido procurada no último fim de semana pelos policiais, de diversas patentes, entre eles colegas de trabalho do marido da cabo, o sargento das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) Luís Marcelo Pesseghini. Segundo o major da reserva, o caso foi levado ao comando do 18º Batalhão, onde Andreia trabalhava, mas não teria sido formalizado. "Se houve o erro de não haver o registro oficial (da denúncia), não quer dizer que o fato não existiu", afirmou.

O casal e três pessoas da família foram encontrados mortos em casa, na Brasilândia, zona norte de São Paulo, no dia 5. Até o momento, a polícia acredita que o principal suspeito da chacina é o filho da PM, Marcelo Eduardo Pesseghini, de 13 anos, que teria se suicidado em seguida.

O casal e três pessoas da família foram encontrados mortos em casa (Foto: Divulgação)

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Na semana passada, o coronel Wagner Dimas, comandante do 18º Batalhão, chegou a dizer que a cabo denunciou a participação de policiais militares nos roubos. Em depoimento à Corregedoria, no entanto, ele voltou atrás e disse que se confundiu durante uma entrevista. O órgão negou a existência de qualquer denúncia por parte da cabo, que teria ocorrido antes de Dimas assumir. O coronel está afastado. Segundo a PM, "ele se encontra em tratamento de saúde, inscrito no Programa de Apoio ao Policial Militar, a pedido do próprio oficial". O major Gomes disse não ter dúvidas de que o Dimas "foi obrigado a voltar atrás" e acredita que "a possibilidade da participação de policiais (no crime) deve ser considerada nas investigações".

Na sua opinião, uma menino de 13 anos não teria condições de arquitetar e executar a chacina da forma como aconteceu. E questionou a rapidez com que a polícia indicou a autoria. "Em menos de 12h, sem laudo e sem depoimento de ninguém, já haviam responsabilizado o garoto."

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