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O secretário municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Eduardo Suplicy, escreveu na manhã desta terça-feira, 07, no Facebook, que o vocalista da banda Racionais MCs, Mano Brown, levou um mata-leão de um policial e foi derrubado no chão. "Maior respeito e civilidade especialmente aos negros se faz necessário. O fato de o exame de saúde da carteira de habilitação estar vencido não justificava aquele procedimento", disse o ex-senador.
Segundo Suplicy, Brown foi à farmácia comprar um remédio para a mãe nesta segunda-feira, 06, e, no caminho, a polícia lhe parou, no Campo Limpo, zona sul da capital paulista. "Abriu os vidros, desceu do carro. Mandaram ele elevar os braços por trás da cabeça. Brown pediu para não tocarem nele", descreve o secretário, que afirma que Brown foi ofendido quando estava no chão, caído, por diversos policiais. "Algemaram-no e o levaram ao 37º DP, no Campo Limpo. Vicente Cândido e eu fomos lá até que fosse liberado, às 20h30."
A PM diz que o músico tentou escapar da blitz e foi enquadrado por desobediência, desacato e resistência à prisão. Brown afirma que a abordagem foi violenta.
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Segundo a polícia, a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) de Brown estava com o exame médico vencido desde julho de 2012. Já o veículo, em nome da mãe do cantor, está com o licenciamento atrasado desde 2013.
Pouco antes das 21 horas, Brown deixou o DP, sem falar com a imprensa. Ele foi liberado após assinar um termo circunstanciado de desobediência civil. Segundo depoimentos ouvidos pelo delegado Fabio Brandão, Brown freou bruscamente ao ver a blitz, o que levantou suspeitas dos policiais.
“O PM diz que pediu para fazer a revista pessoal e que ele se recusou”, afirmou Brandão. O policial também disse que o músico o xingou. Brown nega.
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O cantor já havia sido detido em julho de 2004. Na ocasião, policiais encontraram um cigarro de maconha no carro em que ele e um amigo estavam.
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