Continua depois da publicidade
A Polícia Civil investiga a possibilidade de os dois assaltantes que mataram um policial militar de folga em uma tentativa de roubo na tarde de domingo, 12, na periferia de Campinas, não estarem entre as 12 vítimas dos assassinatos em série ocorridos na mesma região da cidade, em um prazo de quatro horas, horas depois. As vítimas, com idade entre 17 e 30 anos, foram executadas com tiros na cabeça e no peito por homens encapuzados.
O latrocínio do PM Arides Luis da Costa, de 44 anos, é a principal linha de investigação da força-tarefa montada pela Secretaria de Segurança Pública do Estado para apurar o envolvimento de policiais militares na chacina.
O secretário estadual da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, esteve pessoalmente em Campinas ontem para dizer que o esclarecimento do caso “é prioridade de governo” e defender a atuação da PM, apesar de não descartar o envolvimento de policiais em crimes.
“Nenhuma hipótese está descartada. A Polícia Militar tem relevantes serviços prestados à comunidade e cerca de 90 mil homens. Portanto, uma instituição com esse tamanho, pode sim eventualmente ter pessoas que tenham desvios”, afirmou o secretário.
Continua depois da publicidade
“Por ora é cedo para afirmar qualquer coisa, não temos os laudos e estamos ouvindo as testemunhas. A polícia não vai descansar enquanto esse caso não for esclarecido, é compromisso de governo”, disse Grella.
Para ajudar nas investigações, a polícia divulgou ontem as imagens do assassinato do policial no posto de combustível, quando ele tenta desarmar os dois assaltantes, entra em conflito com um deles e leva um tiro na cabeça.
Continua depois da publicidade
Segundo o secretário, as imagens foram divulgadas para que a população forneça informações, por meio do disque-denúncia, sobre os acusados.
“Pelo perfil das pessoas, quem as conhece poderá identificar. Nós não elucidamos o latrocínio.” As imagens das câmeras de segurança do posto mostram os dois criminosos de capacete e depois saindo de lado com as cabeças descobertas.
Uma irmã de uma das vítimas, que pediu para não ter o nome divulgado, afirmou à reportagem que no bairro Vida Nova, onde cinco dos 12 mortos foram executados, a informação é de que os envolvidos no latrocínio do policial não estão entre os mortos.
A Polícia Civil também vai apurar o fato de a PM não ter comparecido ao local de alguns dos assassinados. A maioria das ocorrências foi atendida pela Guarda Municipal. Questionado, o secretário afirmou que o fato “também é objeto das investigações”. “Tem que ser esclarecido, para que, se ele for confirmado, possamos tomar providências”, afirmou.
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade