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Depois de uma trégua no fim de semana, o Estado de São Paulo teve outra noite de violência. Na região metropolitana, pelo menos 11 pessoas foram assassinadas, com um guarda-civil entre as vítimas. Em Lorena, na região de Campinas, um policial militar foi executado.
O PM Wladimir Silvestre Costa, de 38 anos, tomava cerveja na varanda da casa de um amigo, no bairro Santo Antonio, quando um criminoso usando touca ninja invadiu o local. Segundo testemunhas, o criminoso disse "perdeu, perdeu" e depois atirou. A vítima foi baleada três vezes e morreu no hospital.
De acordo com amigos, Costa havia contado que sofria ameaças de criminosos da cidade após um desentendimento em um bar. Ele trabalhava no 13.º Batalhão da Polícia Militar, na capital, e teria dito que não desgrudava da arma por temer ser vítima de um atentado.
O serviço de inteligência da Secretaria da Segurança Pública tem lutado para evitar mortes de policiais marcados para morrer, como Costa. Em Guarulhos, na Grande São Paulo, onde há uma ordem do Primeiro Comando da Capital (PCC) para matar dois PMs em vingança pela morte de dois assaltantes em outubro, o comando proibiu o uso de farda fora da hora de serviço.
Jandira
Em Jandira, também na Grande São Paulo, o guarda-civil Givanildo Henrique da Silva, de 40 anos, foi morto a tiros por volta das 21h de domingo, em um bar no bairro Vale do Sul. Segundo testemunhas, ele estava em um bar quando viu um homem vendendo drogas e o advertiu para parar. Pouco tempo depois, o homem reapareceu com outras duas pessoas, que começaram a atirar. O guarda estava armado, mas não teve tempo de reagir. A arma dele, um revólver calibre 38, sumiu na confusão. Ninguém foi preso, mas um dos criminosos foi identificado.
Jandira teve mais dois homicídios. O ajudante Davi Lucio da Silva Balbino, de 23 anos, foi assassinado às 2h, no Jardim Sol Nascente. Uma testemunha ouviu o barulho do tiro, saiu de casa e viu um homem encapuzado entrar em um carro e fugir.
Em Itapevi, um bando tentou assaltar um ônibus, mas fugiu após o motorista reagir. Mais tarde, bandidos foram flagrados por policiais militares na Rua Professor Irineu Chaluppe. No local, um deles, adolescente, teria apontado uma arma falsa para os policiais e acabou morto. Os outros homens que estavam com ele no assalto conseguiram fugir.
Capital
De manhã, dois homens foram achados mortos dentro de um Volkswagen Fox, na Avenida Ragueb Chohfi, em São Mateus, zona leste de São Paulo. Um deles era procurado pela Justiça.
Na Vila Industrial, também zona leste da cidade, um homem e uma mulher foram achados mortos em uma praça. A irmã da mulher contou à polícia que ela era usuária de crack. Ainda na zona leste, policiais trocaram tiros com um homem na Favela Elba. Um suspeito foi socorrido ao hospital, mas acabou morto.
No Parque Santo Antônio, na zona sul, por volta das 23h, Deyvid Junior Souza Silva, de 31 anos, morreu após ser baleado na Rua Altino Alves de Abreu. A PM informou ter encontrado a vítima caída e baleada nas costas, na cabeça, no braço direito e no tórax.
De acordo com familiares, Silva havia saído para ir a um salão de festas. Policiais apuraram que o rapaz não havia se envolvido em confusão.
Um homem foi baleado quando chegava em casa, na Rua Paranhos Pederneiras, na Vila Guilherme, zona norte. O homem, que tinha antecedentes criminais, foi socorrido no Hospital do Mandaqui, mas não resistiu.
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