Polícia

Apresentadora de TV forja o próprio sequestro em Anápolis

Erika Carneiro Morais, de 31 anos, confessou a farsa aos policiais e alegou que pretendia chamar a atenção do ex-namorado

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 21/02/2014 às 17:43

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Uma apresentadora de um canal fechado de televisão, proprietária de uma clínica de estética, mobilizou 20 viaturas policiais e cerca de 40 policiais de diferentes divisas ao forjar o próprio sequestro e pedir ajuda através de mensagem no perfil dela no Facebook e pelo telefone 190. Erika Carneiro Morais, de 31 anos, confessou a farsa aos policiais e alegou que pretendia chamar a atenção do ex-namorado. Agora ela vai responder criminalmente pelo artigo 340 do Código Penal (falsa comunicação de crime) e terá de arcar com as despesas da operação de resgate, que podem girar em torno de R$ 30 mil.

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O caso aconteceu em Anápolis, distante cerca de 40 quilômetros de Goiânia. A mensagem foi postada por volta das 21 horas. Logo depois, a mulher ligou para o telefone de emergência da Polícia Militar, reiterou que estava em poder dos sequestradores e que tinha aproveitado um descuido deles para telefonar. Ela dizia que estava próximo de uma plantação de eucaliptos.

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Na rede social, Erika dizia que estava retornando de Pirenópolis, cidade turística distante cerca de 100 quilômetros de Anápolis quando foi abordada. Em frases curtas, com letras maiúsculas, mas separadas por pontos, ela dizia que tinha sido sequestrada, pedia socorro e informava que os autores eram dois motoqueiros e um homem em um carro vermelho, modelo Gol. Chegou mesmo a descrever os sequestradores pelo uso de boné e capacete.

Mas o que chamou a atenção dos policiais foi justamente a descrição detalhada demais dos autores, o cuidado com o texto e a separação calma das palavras, incoerentes com uma situação desesperadora de uma vítima de sequestro. A polícia chegou até o local por volta das 23 horas e levou a suposta vítima. Ao cair em contradições, acabou confessando a farsa. Erika foi solta, mas será indiciada. Ela não foi localizada para comentar o caso.

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