Polícia
A vítima informou acreditar que o agressor não fosse aluno da USP, pois estava com as roupas sujas. É investigada a possibilidade de o criminoso ser operário de uma obra que está sendo realizada no prédio da Faculdade de Engenharia de Produção
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Uma estudante de Engenharia de Produção da Escola Politécnica (Poli) sofreu uma tentativa de estupro dentro do banheiro feminino da faculdade, no campus da Universidade de São Paulo (USP) no Butantã, zona oeste de São Paulo, na manhã desta terça-feira (8).
De acordo com as informações do boletim de ocorrência, entre 7h e 8h ela se dirigiu ao banheiro feminino do primeiro andar do prédio de Engenharia de Produção e percebeu que um dos boxes estava trancado. Na ocasião, havia mais mulheres no banheiro. Quando as demais pessoas saíram, a porta do boxe se abriu e a aluna foi puxada e arrastada em direção ao compartimento. O agressor ainda cobriu a boca da vítima com a mão, na tentativa de evitar que ela gritasse pedindo socorro. De acordo com o depoimento da vítima, ela reagiu com cotoveladas. Ao perceber que não teria sucesso, o estuprador saiu correndo do banheiro e fugiu.
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Logo após a fuga do bandido, os primeiros a ajudarem a moça foram dois funcionários da faculdade. Em seguida, ela foi até o 93º Distrito Policial (Jaguaré), onde registrou boletim de ocorrência. Segundo o delegado titular do distrito, Celso Lhaoz Garcia, casos como esse não são comuns. "Relatos de estupro no câmpus são raríssimos. Até pela quantidade de pessoas que circulam no local", afirmou. Ele disse que a vítima não apresentava nenhuma lesão aparente ao chegar no DP. A Polícia Militar foi acionada na hora. Após realizar rondas na região, não conseguiu localizar o agressor.
A vítima informou acreditar que o agressor não fosse aluno da USP, pois estava com as roupas sujas. É investigada a possibilidade de o criminoso ser operário de uma obra que está sendo realizada no prédio da Faculdade de Engenharia de Produção
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A Assessoria de Imprensa da USP afirmou que há segurança privada no câmpus, mas no interior dos prédios a vigilância é de responsabilidade de cada unidade. Ainda está em vigor o convênio com a Polícia Militar de São Paulo, estabelecido em setembro de 2011, que permite patrulhamento da Cidade Universitária pelos agentes oficiais, além de ações diversas.
A assessoria da Escola Politécnica, ao ser procurada no fim da tarde desta terça não tinha informações sobre o ocorrido. Afirmou que a diretoria seria acionada e se pronunciaria na quarta-feira, 09.
Outro caso
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No fim de abril, a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Lorena, a 190 km de São Paulo, registrou uma ocorrência de estupro envolvendo uma estudante do câmpus da USP da cidade. O crime teria acontecido durante uma festa em uma república de estudantes. A aluna, que é de Piracicaba, foi ouvida pela delegada Darlene Ultramaris. O caso foi no dia 26 de abril.O boletim de ocorrência registrou estupro consumado.
A USP também apura uma denúncia de abuso sexual de um ex-estudante dentro do câmpus de São Carlos. Um rapaz afirmou que teria sofrido abuso por colegas durante um trote violento. No dia 28 de agosto, ele invadiu armado o alojamento da USP de São Carlos, agrediu um estudante a coronhadas e fez vários disparos. O acusado tem 22 anos e havia dito à época da denúncia que ficou revoltado porque vem de família humilde, estudou em escola pública e sonhava entrar na Universidade de São Paulo. Ele queria que os envolvidos no trote respondessem por estupro, o que acabou não ocorrendo. "Duvido que a justiça será feita, pois esta história está parecendo um jogo de cartas marcadas. Já imagino que o final será: ‘ouvidos e liberados’", disse, na ocasião.
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