Polícia
Sentença foi lida pelo juiz Antônio Álvaro Castello nesta noite, no Fórum de Santos. Fernando Souza confessou participação no crime e disse que a mandante foi Adriana Franceschi. Ela será julgada em março
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A Justiça condenou na noite desta terça-feira (18) Fernando Pereira de Souza a 14 anos de prisão por participação na morte da monitora Sílvia Maria Maia Silveira, executada a tiros em 12 de fevereiro de 2007 no pátio da Creche Casa da Criança, onde ela trabalhava, no Macuco. O Conselho de Sentença do Tribunal do Júri acolheu a tese da acusação, de que Fernando cometeu homicídio qualificado mediante recompensa financeira e recurso que dificultou a defesa da vítima.
De acordo com o promotor Octávio Borba de Vasconcellos Filho e com o advogado Vicente Cascione, que fez a assistência da acusação, Fernando agiu a mando de Adriana Franceschi – ex-amiga da vítima –, que será julgada em 25 de março. Ainda conforme a acusação, foi Fernando quem chamou Thiago da Cruz Pereira, o ET, para consumar o crime em conjunto. Apontado como autor dos disparos, ET foi condenado em 2009 a 25 anos de prisão, mas apelação da defesa no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) reduziu a pena para 22 anos e seis meses de reclusão.
Confissão
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Com postura diferente da fase de instrução processual, em que negou o crime, Fernando confessou nesta terça-feira sua participação ao ser interrogado pelo juiz Antônio Álvaro Castello. Ele, porém, disse que não estava na moto com ET. Afirmou que apenas intermediou o crime a mando de Adriana. Fernando disse não se lembrar da recompensa oferecida por ela, mas a acusação obteve informações de que ele recebeu ao menos R$ 5 mil. “Fez esse trabalho sujo porque recebeu dinheiro”, afirmou o promotor Borba ao sustentar a tese de acusação aos jurados.
Clamor por justiça
Familiares e amigos da monitora assassinada usaram camisetas com pedidos de justiça durante o júri. Faixas foram exibidas na frente do fórum, antes da audiência começar, também com mensagens de apelo para Justiça. Uma das faixas exibia a mensagem “Sete anos sem solução. Até quando?”. Filha da monitora, Maria Vitória Maia Silveira disse para o DL, ao fim do júri, ter ficado satisfeita porque Fernando “entregou a mandante” na confissão. Sobre a pena de 14 anos, Maria disse “a gente sempre espera mais”.
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