Polícia

Acusado pelo Crime da Mala será submetido a exame em 4 de agosto

Preso na Penitenciária II de Tremembé, ele será examinado por psiquiatra em Guaratinguetá

Gilmar Alves Jr.

Publicado em 21/07/2014 às 10:56

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Acusado pelo assassinato da própria mãe, o tradutor Carlos Macchione de Sampaio, será submetido em 4 de agosto a um exame de insanidade mental, que será decisivo seu futuro processual. Preso na Penitenciária II de Tremembé, no Interior de São Paulo, o tradutor será examinado pelo médico psiquiatra Paulo Roberto Montemor Faro na cidade de Guaratinguetá. O exame irá concluir se Carlos tinha ou não capacidade de entender o crime.

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O assassinato, que chocou a opinião pública, ocorreu em outubro de 2013 em um prédio no Boqueirão, em Santos. Após matar a mãe, a professora aposentada Cláudia Macchione de Sampaio, no apartamento, o tradutor colocou o corpo em uma mala e deixou-a em frente ao edifício, situado na Avenida Conselheiro Nébias, 849.

Contorcido na mala, o corpo foi encontrado na madrugada de 26 de outubro por um morador de rua, que avisou o porteiro do edifício Caiçara. Ainda durante a madrugada, Carlos foi preso em flagrante dentro do apartamento. Ao ser interrogado na Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Santos, o acusado disse que “estava dormindo e que não sabia o que havia ocorrido”.

Um morador de rua encontrou o corpo nesta mala, em frente ao prédio onde o crime ocorreu (Foto: DL)

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O promotor de Justiça Octávio Borba de Vasconcellos Filho denunciou o tradutor por homicídio duplamente qualificado pelo meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
A causa da morte, segundo laudo do médico legista Celso Schmalfuss Nogueira, foi traumatismo cranioencefálico provocado por instrumento contundente. Além das lesões na cabeça, a vítima teve politraumatismos pelo corpo.

Para o promotor Borba, são grandes as possibilidades do laudo apontar a inimputabilidade de Carlos devido ao histórico de problemas psiquiátricos que ele tem.

Na hipótese da inimputabilidade ser indicada no laudo, o promotor informou que irá se manifestar à Justiça seguindo o entendimento médico. Nestes casos, a Justiça determina medidas de segurança de internação até que o acusado apresente condições de voltar à sociedade. “A medida de segurança pode até se perpetuar”, afirma Borba.Já na hipótese do laudo informar que a doença mental de Carlos não teve correlação com o ato criminoso, o tradutor irá para Júri Popular.

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