NEGADO

TCE rejeita contas da Câmara dos Vereadores de Peruíbe

A suposta irregularidade estaria relacionada à Revisão Geral Anual concedida sobre os subsídios (salários) dos vereadores acima da inflação daquele ano

Carlos Ratton

Publicado em 03/05/2023 às 07:35

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Procurado ontem, o vereador e presidente da Casa, Paulinho da TV, informou que sobre o julgamento do Tribunal, até a presente, não houve publicação da decisão / Reprodução / Facebook / Câmara de Peruíbe

Continua depois da publicidade

O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) rejeitou as contas da Câmara de Peruíbe, referentes ao ano de 2019, e ainda determinou o ressarcimento de R$ 14.231,00 aos cofres públicos. O presidente da Casa, em 2019, era o vereador Paulo Carlos de Oliveira Junior, o Paulinho da TV (DEM) que, por sinal, preside a Casa ainda em 2023.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

Continua depois da publicidade

Leia Também

• Peruíbe abre Concurso Público de Provas e Títulos para a educação

• Agência Móvel da Sabesp atende em Peruíbe esta semana

• Concessionária flagra 300 'gatos' de energia elétrica em Mongaguá e Peruíbe

A suposta irregularidade estaria relacionada à Revisão Geral Anual concedida sobre os subsídios (salários) dos vereadores acima da inflação daquele ano. Teria sido concedido 6%, quando a inflação foi de 4,31% durante a legislatura em desrespeito ao princípio da anterioridade.

Segundo o Tribunal, a iniciativa só seria permitida se fosse para recompor o poder de compra da moeda frente à inflação respeitando o reajuste dos servidores, o que não ocorreu.

Continua depois da publicidade

Mesmo assim, completa o Tribunal, embora notificado da suposta irregularidade, o responsável não providenciou a restituição e nem apresentou justificativa para o percentual aplicado.

Procurado ontem, o vereador e presidente da Casa, Paulinho da TV, informou que sobre o julgamento do Tribunal, até a presente, não houve publicação da decisão. No entanto, assim que publicar, será apresentado o competente recurso, dentro do prazo legal.

ALERTA.
Vale lembrar que em 16 de junho do ano passado, durante o 5° Conexidades - Encontro Nacional de Parceiros Públicos e Privados, em Guarujá, o secretário-diretor geral do TCE, Sérgio Rossi, disse ao Diário que o órgão ficaria atento a todos os detalhes relativos às contas das câmaras, em espacial, aos absurdos cometidos pelas em relação a contratação de pessoal, custos operacionais e despesas mal explicadas.

Continua depois da publicidade

"Tem câmara que gasta o combustível que daria para dar a volta ao Mundo. Tem assessor ocupando cargo delivre provimento sem escolaridade necessária. Como pode uma câmara que tem nove vereadores possuir 27 assessores - três para cada. Geralmente, vereadores participam de forma injustificável de eventos em estados de grande apelo turístico e ainda apresentam despesas inexplicáveis. Isso tudo será analisado com mais rigor", disse, referindo-se aos conhecidos "trens da alegria".

EXECUTIVO.
Sobre as prefeituras, disse que o órgão de controle ficaria mais atento ao planejamento em relação às licitações públicas, principalmente nas áreas de Educação e Saúde.

Ele afirmou que o TCE não admitirá mais licitações de última hora, sem previsibilidade. Pela inércia e falta de cuidado do administrador, muitas vezes, segundo declarou, os certames são paralisados, dificultando a vida dos cidadãos e cidadãs. Para ele, no final do ano, já se tem programado o quanto se vai gastar no exercício seguinte.

Continua depois da publicidade

"É uma questão imperdoável deixar uma criança sem uniforme ou merenda porque atrasou licitação por falta de planejamento ou por questões políticas (prejudicar o sucessor que seria adversário político). É inaceitável faze uma licitação na Educação em janeiro quando o ano letivo começa em fevereiro. É preciso que se preste atenção no que é prioridade e o que não é", alertou Rossi.

Ele disse que, pela nova lei de licitações, o planejamento é tão importante que, mais que uma exigência, tornou-se um princípio fundamental no certame. Também disse que as contratações diretas também terão que ser melhor embasadas e que há possibilidade de se diminuir muito casos de inexigibilidade e dispensa de licitação.

Há mudanças importantes no que se refere à ata de registro de preços e o credenciamento. A primeira trata da compra de tudo o que for necessário, por meio de planejamento, para prover a necessidade das prefeituras.O credenciamento convoca todos os interessados em prestar serviços ou fornecer bens, para que, preenchendo os requisitos necessários, credenciem-se para executar o objeto quando convocados.

Continua depois da publicidade

Mais lidas

Conteúdos Recomendados

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software