Os pescadores clamam por regionalização da pesca, por um trabalho de organização de base e um Estado protagonista / Divulgação
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A nova data ainda não foi definida pela direção do Coletivo de Pesca é Uma Só, formado por colônias e associações de pescadores e do Instituto Maramar. A ideia é que o segmento discuta políticas públicas para o fomento da pesca no Estado de São Paulo.
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Os pescadores, que representam cerca de 25 mil famílias (quase 100 mil pessoas) somente no Litoral Paulista, e que geram empregos para pelo menos o dobro deste contingente de trabalhadores, irão avaliar o total abandono da atividade pelo governo paulista nos últimos 20 anos e os equívocos da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, da Fundação Florestal e da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb).
Os pescadores clamam por regionalização da pesca, por um trabalho de organização de base e um Estado protagonista e indutor de desenvolvimento, que não atue como controlador e usando somente poder de polícia.
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Há 15 anos, pelo menos, os pescadores vêm tentando construir com a Fundação Florestal um plano de manejo inteligente e racional, mas só perderam direitos e não conseguiram um zoneamento adequado para a pesca artesanal.
Uma carta, datada de 6 de julho último, endereçada à Ouvidoria da Secretaria Estadual do meio Ambiente; à Presidência do Conselho do Meio Ambiente (Consema) do Estado e a Gestão da APA Marinha do Litoral Norte, assinada por representantes de quatro colônias de pescadores, demonstrou toda a insatisfação da categoria.
Segundo o documento, até 2008, o Estado só havia criado áreas de proteção através da proibição de pesca. Apesar de exaustivas reuniões com diversos setores da zona costeira do Estado de São Paulo, o Plano de Manejo das APAs Marinhas do Litoral Norte acabou por represar pautas que não foram enfrentadas.
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