Peruíbe

Morador fala de sua história com a pesca em Peruíbe

Jairo Costa, de família de pescadores artesanais, atuou na atividade por mais de 20 anos

Nayara Martins

Publicado em 18/02/2024 às 07:15

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Jairo Costa recorda os momentos em que atuou na pesca artesanal em Peruíbe / Nayara Martins/DL

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O aposentado e ex-vereador Jairo Costa, de 69 anos, que vem de uma família de pescadores de Peruíbe, conta como foi a sua história com a pesca artesanal. Nascido em Peruíbe, ele também atuou como funcionário público municipal, na iniciativa privada e foi vereador em duas legislaturas na Câmara Municipal.

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A família de Costa sempre viveu da pesca artesanal. Ele começou a trabalhar na atividade com o seu pai a partir dos 11 anos.

“A partir dos 11 anos já trabalhava e ganhava R$ 1, 50 por semana. Minha família é de pescadores e atuei na pesca artesanal até os 32 anos, com o meu pai e meus irmãos. Tivemos embarcação de pesca e pescamos em alto mar, na praia com rede de arrastão e, ainda, no rio com cerco”, explica.

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Eles vendiam o pescado no mercado do Portinho de Pesca e também nas peixarias da Cidade. “Fazia várias atividades, como a manutenção da embarcação, confeccionava as redes de pesca. No inverno, de março a setembro, o mar fica agitado e íamos pescar nos rios Peruíbe e Guaraú, com tarrafa, para pegar tainha e outros peixes”.

Na época, Peruíbe era uma vila e pertencia a Itanhaém. A maior parte das famílias se mantinha com a pesca artesanal.

Costa foi presidente da Colônia de Pescadores Z5, da Cidade, em duas gestões. E atuou como secretário da Federação dos Pescadores do Estado de São Paulo. 

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“Participei ainda do Conselho Estadual de Pesca e também fiz parte do primeiro Plano de Gerenciamento Costeiro do Estado de São Paulo”, cita. 

Para ele, a pesca mudou bastante nos dias de hoje. Antigamente não havia o defeso do camarão e, hoje, ficou mais restrita a pesca de alguns pescados. 

“O número de famílias de pescadores está bem reduzida. Boa parte deles foi trabalhar na área da construção civil, que não exige muito estudo”, revela. 

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Na sua opinião, hoje, são cerca de 40 famílias que ainda vivem da pesca em Peruíbe. 

“Além de as estruturas das embarcações serem diferentes, mudou ainda o comportamento do pescador. Hoje, ele não usa o conhecimento tradicional e vê mais o lado comercial. Eles vão para o mar até três vezes ao dia, conforme as condições do tempo e da produção”, frisa.

Em Peruíbe, um dos pontos para comprar o pescado fresco é o Portinho e Mercado de Pesca ou no bairro caiçara de Barra do Una, que faz divisa com Iguape. 

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Costa se afastou da pesca no ano de 1992 para atuar na política. Ele foi vereador em duas legislaturas – de 1989 a 1992 e de 1998 a 2000. E trabalhou como funcionário público na prefeitura de Peruíbe até 2012. Atuou ainda em uma usina de resíduos da construção civil. 

Crescimento

Na sua opinião, a Cidade teve um bom desenvolvimento, em especial, a partir da década de 1970, na área da construção civil. Porém, segundo ele, o crescimento ocorreu a partir da avenida Luciano de Bona até a avenida da praia.

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“Peruíbe atrai muitos turistas e veranistas nos finais de semana. Mas é necessário haver maior entrosamento entre os empresários e o Poder Público, para que a Cidade ofereça mais infraestrutura e atrativos aos turistas e moradores”, salienta.

Livro 

Um dos projetos de Jairo Costa é lançar o seu primeiro livro sobre a história e os fatos importantes de Peruíbe.
“O livro vai contar a história, os fatos políticos, sociais e marcantes de Peruíbe. Faço uma resenha de tudo o que já vivi na Cidade”, completa. 

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O primeiro prefeito eleito em Peruíbe foi Geraldo Russomanno, após a emancipação em 18 de fevereiro de 1959, já que a antiga vila pertencia a Itanhaém. O plebiscito ocorreu em 24 de dezembro de 1958.   
A previsão é que o livro seja lançado até o final deste ano.

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