Hospital Municipal deve ser entregue em 2024 em Peruíbe

A obra do Hospital Municipal de Peruíbe deve ser entregue no mês de junho de 2024. A previsão é da prefeitura do município. O secretário municipal de Obras, José Santana Mendes, afirma que já foram concluídas 75% do total da obra no prédio. A ideia da prefeitura é que o hospital seja custeado e administrado pelo Governo do Estado.

O Hospital vai funcionar no “quarteirão da Saúde”, onde já funcionam a UPA e o AME do município, localizados no bairro Parque D´Aville, em Peruíbe.  

“Entre a primeira e a segunda etapa já estamos com 75% das obras concluídas. Nesta segunda etapa já estão 35% das obras executadas. É uma das mais importantes obras e vai atender às demandas da população na área da Saúde no município”, explica Mendes. 

A segunda etapa da obra está na fase de acabamento. E estão sendo realizados os serviços de revestimento, pintura, as partes elétrica e hidráulica, ou seja, o acabamento final do prédio.

No prédio principal deverão funcionar o atendimento médico hospitalar, cozinha, refeitório, almoxarifado, lavanderia e a parte administrativa do Hospital. Haverá ainda outros serviços anexos, como o de gases medicinais, lixo, casa de máquinas e a parte de medição de energia.    

A segunda etapa foi retomada em junho do ano passado, com a presença do ex-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia. 

O prédio contará com três pavimentos. A área construída é de 4.230 metros quadrados.

A empresa contratada pela prefeitura e responsável pela obra é a JR Construtora e Terraplanagem Ltda.  

O custo total da obra é de R$ 27.056.708,55. O repasse do Governo do Estado é de R$ 22 milhões e a contrapartida da prefeitura é de R$ 5.056.708,55.  

Atendimento     

A secretária municipal de Saúde, Ana Paula Cardoso, informa que o Hospital terá capacidade para atender com 58 leitos e pode ser ampliado para 68 leitos, incluindo a Maternidade.  

“A ideia da prefeitura, que está em negociação com o Governo do Estado, é que o hospital seja uma referência na região e que o governo assuma o custeio e a operacionalização da unidade”, explica.

“Peruíbe merece ter um Hospital Regional o que vai ajudar muito a população não somente do município, mas da região. Além de abrir mais leitos e ter menos pacientes aguardando internação nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA), o que não é o ideal”.    

O Hospital vai funcionar no sistema de “porta fechada” e será referenciado, a exemplo do Hospital Regional de Itanhaém. “Ter esse equipamento é importante para atrair profissionais médicos especializados e qualificar o corpo médico”, frisa.

“A ideia é que o Hospital ofereça alguns serviços à população que, hoje, temos dificuldade de acesso na região. Vamos otimizar a unidade para desafogar essa demanda reprimida e oferecer maior número de leitos aos pacientes que precisam de internação”, salienta. 

E lembra que entre as maiores dificuldades na área da Saúde, no município, estão oferecer leitos para a enfermaria pediátrica e alguns exames especializados como os de ressonância magnética com ou sem sedação. 

Cita ainda alguns procedimentos como o bucomaxilofacial e os de medicina fetal, que hoje não existem na Baixada Santista. A medicina fetal é o acompanhamento de bebês com problemas congênitos e que podem ser identificados no pré-natal. Além das cirurgias ginecológicas, que é uma grande demanda da população.    

O serviço de hemodiálise também não existe no litoral sul e os pacientes precisam se deslocar para outras cidades da região. 

Ana Paula diz que o número de atendimentos na Cidade é de, em média, 450 pacientes por dia. “Mas 80% dos casos de atendimentos não são de urgência e podem ser solucionados na Atenção Básica. Além do aumento de pacientes nas Unidades de Saúde da Família”. 

Apesar de o censo do IBGE ter apontado cerca de 68 mil habitantes em Peruíbe, somente no atendimento da Atenção Básica há mais de 80 mil pessoas cadastradas. 

Na maternidade serão oferecidos cerca de 18 leitos, incluindo os de enfermaria patológica, para pacientes que apresentem complicações. Haverá centro cirúrgico para cesarianas,  quartos destinados aos partos normais e outro centro cirúrgico para as demais cirurgias. 

A Maternidade vai funcionar de porta aberta, já que não é referenciada.     

Também vão funcionar as Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) adulto, neonatal e pediátrica, mas ainda não está definido o número de leitos. O município aguarda a resposta da Secretaria de Saúde do Estado.

Ambulatório

Ana Paula fala ainda sobre a nova sede do Ambulatório de Fonoaudiologia, Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Amffito) que vai ter, pela primeira vez, uma estrutura acessível. 

A previsão é que o novo prédio do ambulatório, localizado no “quarteirão da Saúde”, seja entregue até março de 2024.

“A unidade terá uma sede própria e vai oferecer, aos pacientes com dificuldade de locomoção,  melhor estrutura e a possibilidade de ampliar a equipe”, completa.

O custo da obra é de R$ 1.624.074,56. A prefeitura fez um convênio com o governo federal. O repasse é de R$ 900 mil e a contrapartida da prefeitura é de R$ 724.074, 56.