ECONOMIA

Família vende pães caseiros no trevo de entrada de Peruíbe

Os pães são feitos por seu padrasto Samuel Ledesma, de 57 anos, que aprendeu a fazer, mas também já trabalhou como chef de cozinha em vários restaurantes

Nayara Martins

Publicado em 05/02/2023 às 07:00

Atualizado em 05/02/2023 às 08:05

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Júnior e Giovana trabalham todos os dias, das 7 às 18h30, para vender os pães em Peruíbe / Nair Bueno/DL

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Fazer e vender pães para garantir o sustento da família. Essa foi a ideia que a família do autônomo Geziel Brito Ribeiro Júnior, de 29 anos, teve para ter uma renda e sustentar a família. Todos os dias, ele e a namorada ficam no trevo da entrada principal de Peruíbe para vender vários pães ao público. 

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Ele e sua namorada a autônoma Giovana Bizzini (31), trabalham todos os dias, no horário das 7 às 18h30, de segunda a domingo, na entrada da Cidade para vender os pães.  

Os pães são feitos por seu padrasto Samuel Ledesma, de 57 anos, que aprendeu a fazer, mas também já trabalhou como chef de cozinha em vários restaurantes.

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“Há cinco meses, decidimos vender neste local por ter bastante movimento de veículos e de pessoas que chegam em Peruíbe. Mas já vendíamos, de porta em porta, há cerca de três anos na Cidade”, explica.
Entre os pães oferecidos estão os tradicionais, de mandioca, de batata doce, de milho, amanteigados e, ainda, cucas e pães recheados de vários sabores. 

Com 800 gramas, os pães são vendidos a R$ 12,00 cada. Já o amanteigado sai a R$ 15,00 e o de torresmo sai a R$ 25.

Júnior conta que os mais pedidos pelos clientes são o de mandioca, o amanteigado e o tradicional. Eles também fazem pães por encomendas e as pessoas vão retirar no local. 

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A sua mãe Sueli dos Santos lembra que eles chegam a vender 40 pães caseiros por dia e, na sexta-feira, é o dia que mais vende. 

INVERNO.
“Nesta época não é a nossa temporada, pois o período que vende mais pães é durante o inverno, quando as pessoas gostam mais de tomar um café ou uma sopa com os pães”, conta Sueli.  

“Temos vários clientes de São Paulo e da região da Baixada Santista que passam no trevo de Peruíbe. O pessoal passa, olha e quer levar para família e sempre volta, porque já conhece e aprova o pão”, salienta.       
 A divulgação do produto a família tem feito por meio do boca a boca, entre os próprios clientes, no dia a dia.

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SONHOS.
Júnior e Giovana revelam que entre os planos futuros, eles pensam em ir embora do País para trabalhar e morar na Itália. O mesmo sonho tem Sueli e o marido que pretendem ir morar em Barcelona, na Espanha. 
A ideia, segundo Sueli, é poder concretizar esse sonho no exterior. “Vamos começar a fazer e vender pães caseiros, além de canelone, lasanha e outras massas caseiras”. 

 “Aqui a vida está muito difícil, a gente vai ao mercado, todos os dias, e os preços estão bastante altos. Não tem como sobreviver nesta situação. Um exemplo é o valor do gás que está acima de R$ 100,00. Hoje, trabalhamos mas não temos um retorno”, desabafa. 

“São 12 horas de trabalho para expor e vender os pães e mais 7 horas para fazer. Acordamos às 3 horas para fazer os pães fresquinhos e chegamos às 20 horas em casa”, completa Sueli.

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Eles devem ficar em Peruíbe até o final deste ano e ir embora no início de 2024. A família mora, atualmente, no bairro Vila Herminda, em Peruíbe.

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