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Manifestações e protestos de rua na semana passada contribuíram para uma queda nas exportações brasileiras e para o registro de um déficit comercial de US$ 619 milhões na segunda semana de julho, segundo o governo federal. Dados divulgados nesta segunda-feira, 15, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior mostram que as vendas externas somaram US$ 4,240 bilhões e as importações, US$ 4,859 bilhões.
A média diária de exportação do Portos de Santos, em São Paulo, teve redução de 29,5% em relação à semana anterior. Além do problema logístico nas vias de acesso aos portos, o governo aponta que o feriado de 9 de julho no Estado de São Paulo teve impacto nas atividades de comércio exterior.
Na segunda semana do mês, a média das exportações do País, que foi de US$ 848 milhões, ficou 11,6% abaixo da média da primeira semana, que registrou US$ 958,8 milhões. Segundo o ministério, houve queda nas três categorias de produtos: manufaturados, semimanufaturados e básicos.
Já a média das importações cresceu 5,7% na comparação com a primeira semana do mês. A explicação, conforme o ministério, está no crescimento nos gastos com combustíveis e lubrificantes, veículos automóveis e partes, adubos e fertilizantes plásticos e cereais e produtos de moagem.
Segundo o ministério, as manifestações não prejudicaram o registro de importações, pois este é feito tão logo a mercadoria é "desembaraçada", no jargão técnico. Grosso modo, quando o contêiner deixa o navio. Por outro lado, as exportações são contabilizadas quando chegam ao porto, o que manifestantes impediram de acontecer na semana passada.
No acumulado do ano, as exportações somam US$ 123,457 bilhões e as importações totalizam US$ 126,970 bilhões, o que resulta em saldo negativo de US$ 3,513 bilhões. A média das exportações brasileiras até a segunda semana deste mês ficou 5,4% abaixo do registrado em julho do ano passado. Já as importações, na mesma base de comparação, subiram 14,7%.
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