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A Codesp e o Consórcio Indra VTMIS Santos assinaram o contrato para implantação do Sistema de Gerenciamento de Informações do Tráfego de Embarcações (Vessel Traffic Management Information System - VTMIS). Foi assinada, também, a Ordem de Serviço para deflagração dos serviços que se iniciam com a elaboração de projeto executivo.
“A implantação do VTMIS é um marco importante no trabalho de aprimoramento da eficiência, colocando o Porto de Santos no patamar tecnológico dos mais modernos portos do mundo”, comentou o diretor-presidente da Codesp, Angelino Caputo. “Não se trata de um sistema pronto que sai da prateleira funcionando imediatamente, mas um projeto ajustado ao nosso perfil, feito sob medida e que exigirá um período de planejamento, implantação e ajustes, estimado em 44 meses.”.
“O conjunto de informações proporcionado permitirá a tomada de decisões adequadas em busca de melhor eficiência na gestão do canal de acesso ao porto”, afirma o diretor de Planejamento Estratégico e Controle da Codesp, Luis Cláudio Santana Montenegro. “Trata-se da essência do planejamento, permitindo decisões estratégicas bem embasadas para a obtenção de resultados de desempenho cada vez melhores”.
O diretor de Portos e Águas da sede da Indra na Espanha, Manuel López Sastre, responsável pela implantação desse sistema em portos no mundo, veio ao Brasil especialmente em função do projeto no Porto de Santos e manifestou o compromisso de implementação com extrema eficiência. O diretor geral de infraestrutura e defesa da Indra no Brasil, Horácio Sabino, considera que o sistema desenvolvido para o Porto de Santos será uma referência não só para a América Latina, mas para qualquer porto do mundo.
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O sistema O VTMIS será composto por quatro torres de monitoramento e uma central de processamento e supervisão de dados. O sistema auxiliará no controle de tráfego de embarcações, tornando mais segura a espera de navios nas áreas de fundeio e mais eficiente a movimentação e atracação de embarcações no porto. Esses recursos serão integrados à gestão de segurança da Supervia Eletrônica de Dados e ISPS Code.
O contrato para a implantação do VTMIS em Santos prevê desde o fornecimento de equipamentos e software até treinamento de pessoal e obras civis, pelo período de 44 meses.
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O consórcio fará as instalações da central e das quatro torres, que serão instaladas em pontos estratégicos do porto: Ilha da Moela, Ponta de Itaipu, próximo ao Terminal Exportador do Guarujá (TEG), na entrada do canal, e Ilha do Barnabé. Estas áreas foram escolhidas por oferecerem segurança aos equipamentos e por possibilitarem cobertura de todo o estuário, com uma área de varredura que vai da área de fundeio ao Terminal Marítimo da Usiminas.
A central do VTMIS terá uma antena VHF para comunicação com as embarcações e receberá dados das torres de monitoramento, de uma estação meteorológica e de um marégrafo.
A estação meteorológica servirá para monitoração de intempéries e o marégrafo, para identificar os movimentos de preamar (maré alta) e baixa-mar no canal. Assim, os operadores da central poderão estimar de forma mais precisa a profundidade de cada berço do cais e auxiliar os navios.
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As torres abastecerão a central com dados sobre a localização e movimentação de embarcações.
O transponder AIS (Automatic Identification System, Sistema de Identificação Automática), é um dos equipamentos mais importantes da torre: ele recebe sinais enviados, obrigatoriamente, pelos navios. Com esse contato, a central visualiza a posição, a velocidade e o número de registro do navio numa carta de navegação eletrônica exibida num monitor – seu movimento é acompanhado em tempo real. Como a maior parte dos barcos pequenos não emite sinais de transponder, a tarefa do radar será identificar estas embarcações menores (até um metro quadrado de área).
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