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O presidente da Associação Brasileira de Terminais Portuários (ABTP), Wilen Manteli, defende uma maior articulação entre os diversos setores que atuam no porto com o objetivo de reverter o processo de centralização da administração dos portos em Brasília. “A lei 12.815 trouxe avanços, mas concentrou a administração e isso não é bom para o País”, alertou Mantelli durante visita a Praticagem de Santos. O encontro que durou cerca de quatro horas incluiu uma visita ao Centro de Operações e ao estaleiro da Praticagem. Willen Manteli e o Diretor Técnico da ABTP, Wagner de Sousa Moreira, foram recebidos pelo presidente do Conselho Nacional de Praticagem, Ricardo Falcão, e pelo presidente da Praticagem de Santos, Paulo Sérgio Barbosa.
A tese de união dos vários setores que atuam no porto contou com o apoio imediato de Paulo Sérgio Barbosa. “O porto é uma espécie de condomínio em que todos devem trabalhar com o objetivo de atender o dono da carga. Cada setor deve ter em mente que, sem carga, não existe porto”, defendeu.
O presidente do Conselho Nacional de Praticagem, Ricardo Falcão, destacou a importância da reunião. “Muitas vezes caminhamos em direção contrária, quando deveríamos trabalhar em conjunto para atingir os objetivos comuns que levem ao desenvolvimento do setor como um todo”. Um novo encontro entre o Conapra e a Associação Brasileira de Terminais Portuários será agendado para o Rio de Janeiro, com a participação de diretores das duas entidades.
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Ao final de sua visita, Wilen Manteli lembrou que é preciso manter o diálogo entre os vários agentes que operam no porto. E alertou para o problema da centralização da administração portuária em Brasília. “ Se há algum inimigo, esses são os concorrentes do Brasil. Temos de juntar forças para termos uma política portuária descentralizada e que proporcione ao País a competitividade que todos queremos”.
Praticagem
O presidente da ABTP não escondeu o entusiasmo com o trabalho desenvolvido pela Praticagem, depois de conhecer toda a estrutura mantida pela Praticagem de Santos para atender as manobras no porto santista. Como lembrou Paulo Sérgio Barbosa, “quando o prático embarca no navio para a manobra, está em fase final de um processo complexo, que envolve a administração das condições climáticas e estruturais do porto e a coordenação do tráfego e entrada e saída de navios. O objetivo é sempre oferecer o melhor serviço ao usuários, com toda a segurança para as embarcações, meio ambiente e para as pessoas”.
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